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Oficina dos Baixinhos* - Blog sobre o hobbie LEGO® de um AFOL (Adult Fan Of LEGO) português. Relatos das construções, técnicas, críticas, pensamentos e afins sobre LEGO em Portugal e no mundo. *Antiga LegOficina
Esta construção do Marius Herrmann pode ser baseada num jogo, mas o resultado final ultrapassa qualquer origem já que o resultado final vale por si mesmo. Adoro o ambiente onde as cores apelam a uma fantasia única. Ah, sim, as ruínas da estátua está simplesmente brutal.
Este é o primeiro do que espero ser uma série de artigos onde serão destacados alguns (não tem número certo) detalhes de um set ou MOC. A ideia é, de forma divergente dos reviews, realçar certos pormenores de uma construção em detrimento duma análise geral. Pontos escolhidos não por serem o que se destacam mais em alguma característica (beleza, técnicas, etc) mas por se terem de alguma forma realçado a quem escreve. Digo isso porque este artigo também assinala o início de uma pequena colaboração com a minha filha já que foi ela que construiu, escolheu e escreveu os seis detalhes deste 10243 Parisian Restaurantt.
Assim, com este artigo, este blog recomeça a ser novamente dos "Baixinhos" e não apenas do Baixinho.
O Flickr mudou as suas condições de utilização e isso vai certamente afectar a Comunidade AFOL. Mas acho que para se compreender isso há que rever um pouco como a Comunidade AFOL evoluiu e como essa evolução acompanhou a própria Internet.
Logo após (sim, agora é logo após) as primeiras conversas sobre LEGO em newsgroups (não vou explicar cada um dos termos que fazem parte da história da Internet, googlem) surge o LUGNet. Este site é, provavelmente, o maior marco da história do início da Comunidade AFOL já que reuniu num só local praticamente toda a actividade mundial. As primeiras apresentações de MOCs foram feitas lá e recorriam a hospedagem das imagens em sites próprios. Coisa que não era vulgar na altura e exigia alguns conhecimentos informáticos acima da vulgar utilização. Para facilitar as coisas surgiu o Brickshelf, um dos primeiros sites mundias para hospedar imagens, só que neste caso dedicado apenas ao fenómeno LEGO. Durante anos o Brickshelf serviu perfeitamente, mas algumas confusões quanto à sua sustentabilidade e um interface que parou no tempo levou a que muitos AFOLs migrassem para outros serviços e que os novos simplesmente o ignorassem. O engraçado é que o Brickshelf apesar de tudo ainda continua vivo. :)
Um dos locais para onde muitos AFOLs migraram foi o Flickr. Local generalista mas com uma qualidade gráfica superior e um interface muito mais amigável. O detalhe de que as contas gratuitas apenas podiam ter 200 imagens era facilmente esquecido se tivéssemos um cuidado redobrado na altura de publicar imagens. Essa limitação desapareceu uns anos depois, o que o tornou ainda mais atractivo. Além de outros locais, surgiu também o MOC Pages, algo a que se pode chamar um Flickr para LEGO mas com algumas características de proto-rede-social que o faz ainda animar mais. No entanto, como o Brickshelf, os upgrades eram lentos e começou a desfasar-se da corrente geral em termos do aspecto gráfico como no interface.
Portanto ao longo de uma década o Flickr foi (e ainda é) o site mais utilizado pelos AFOLs para partilharem as suas criações LEGO, fotos de eventos, etc. Claro que as redes sociais fizeram alguma mossa, já que alguns AFOLs (muito deles desconhecedores das potencialidades do Flickr ou outros sites de hospedagem de imagens) preferem o imediatismo do Facebook ou do Instagram.
Essa mossa apesar de negligenciável nos primeiros temas, tem vindo a agravar-se. Esse imediatismo que de alguma forma é aparentemente mais recompensador e atractivo faz com que muitos AFOLs iniciem a sua partilha nas redes sociais. Contribuindo assim para um estilhaçar da Comunidade por vários recantos e dificultando uma partilha geral e conhecedora.
A alteração das condições no Flickr (basicamente as contas contas gratuitas apenas podem ter 1000 imagens) vai contribuir ainda mais para esse estilhaçar, já que ainda não há um substítuto a altura (talvez o Bricksafe). Alguns AFOLs vão abandonar e migrar para redes sociais, outros vão limitar as suas partilhas e talvez muitos simplesmente continuar no Flickr ignorando as fotos que vão sendo eliminadas por ultrapassarem o limite.
Além disso há que também ter em conta que todas as fotos que vão ser eliminadas também povoam outros sites/fóruns/blog exactamente como este. Sim, muitos dos meus posts vão ficar sem imagens e com o link morto já que a fotografia será eliminada do Flickr.
Não, não vou fazer nada para corrigir isso.
Quanto às minhas imagens. Para já tornei a minha conta pro, mas conto aos poucos seleccionar e apagar a grande maior parte das minhas imagens no Flickr deixando apenas espaço para partilha de fotos de MOCs e pouco mais. Para assim mais tarde deixar de ser pro, que não há dinheiro para tudo.
Pixel Fox tem nesta pequena criação baseada numa cena do Quantum of Solace vários pormenores interessantes. O fumo negro que sai do motor danificado, as marcas dos projécteis nas asas do Dakota, a forma como o avião negro se aguenta no ar, etc. Por fim há que destacar o próprio Dakota, imediatamente reconhecível mesmo tendo em conta a escala.
Esta é daquelas construções que poderiam passar despercebidas por representarem um cenário simples, mas que é elevada à excelência por uma concretização soberba. Jed Cameron consegue rechear este pequeno MOC de vários detalhes que o tornam rico em todos os cantos. Gosto particularmente da grafonola, da janela, do chão com os studs limitados, das várias orientações do muro, da vegetação, da combinação madeira/pedra no casebre e acho que não me esqueci de nada.
Ahh, não posso deixar de referir que todos estes detalhes formam um conjunto muito agradável de visualizar.
Ok, eu sei que já dei este título a um outro post, mas não resisto a voltar a utilizar simplesmente o "Edoras". Aliás, vale a pena referir que o trabalho do post homónimo é referido pelo Patrick B. como uma das suas inspirações.
Este trabalho além de mais completo, consegue mesmo criar a atmosfera que os livros nos proporcionam e o filmes nos facilita.
Johan "Jalex" Alexanderson teve a ousadia de pegar e misturar duas coisas que fazem qualquer quarentão que se preze esfregar os olhos. O Classic Space da LEGO e os jogos de (mais ou menos) 8 bits. Fica aqui o link para jogarem esta preciosidade e um pequeno trailler para verem o que vos espera :)
Schloss Drachenburg é daqueles edifícios que de tão únicos conseguem empalidecer cenários só vistos em filmes ou imaginados em livros. O utilizador do Flickr CheeseyStudios conseguiu captar essa magia com peças LEGO nesta construção. A escolha do esquema de cores, a escala onde permite vários pormenores sem potenciar o ruído e a proporcionalidade conseguida são pontos que faz com que este trabalho seja uma excelência.
Ok, já vimos que é possível construir o Palácio da Pena :)
As árvores são um dos seres vivos que me inspiram o maior respeito (ok, menos os eucaliptos). Penso que não é preciso alongar-me muito sobre a admiração que tenho por um ser que trata o tempo de forma tão diferente e persistente de nós e onde a solidez está literalmente aliada à fragilidade.
Mas deixemos as árvores em paz - e ignorando que este MOC é inspirado no Zelda - para olharmos para a construção do Julius von Brunk e apreciarmos as suas formas realistas mas também para repararmos na consciência aparente criada pelos suaves traços antropomórficos.
Só merecia ser maior, muito maior.
Mais uma participação para a edição deste ano do CCC, desta vez um interior do utilizado Lego_fan do Flickr. Imensos detalhes para explorar.. e não se esqueçam de ver o tecto!
Esta aldeia junto à montanha criada pelo Ralf Langer para o CCC tem vários detalhes interessantes. Podemos começar pelo telhado da igreja (?), passando pelos portões da mesma e chegando à chaminé de uma das casas. A peça que é utilizada para os arbustos/árvores parece que foi lançada para isto mesmo :)
Apesar de achar interessante a ideia do reflexo na água, acho que o resultado não é satisfatório, já que apenas incide numa parte da construção. No entanto o conjunto final é muito bom!
Finn Roberts meteu-se num grandioso projecto, construir uma estação espacial. Ficam aqui duas imagens espantosas dessa empresa.
Kale Frost pensou no pessoal que praticamente vive no escritório (mesmo nesta altura do ano) e presenteou-os com várias possibilidades de decoração. Algumas delas utiliza técnicas conhecidas, mas penso que ninguém se importa com isso ao ver tantas possibilidades juntas.
Gosto particularmente da secretária com tampo verde, parece uma óptima mesa de jogo. :)
Tema: xtra
Ano de Edição: 2019
Número de Peças/Minifigs: 24/-
Preço LEGO®: 3.99€
Link Brickset: https://brickset.com/sets/31084-1/Pirate-Roller-Coaster
Recebi esta quarta-feira uma encomenda diferente, três pequenos polybags de um tema que aos poucos está a ganhar o seu espaço. O tema Xtra pode parecer um pouco anacrónico já que é composto por sets constituídos por peças extra (sim, há os playmates mas isso é outra história), coisa que qualquer um pode resolver com recurso ao mercado paralelo tipo BrickLink, através de compras nas lojas especializadas que podem ser encontradas um pouco por todo lado e principalmente em eventos que expõem construções LEGO, ou mesmo através do próprio site da LEGO. No entanto é impossível não olhar para estes sets e pensar "se estiver a construir neste tema, isto até dá jeito.. aliás, até dá jeito ter várias unidades". Mais, ainda pensaremos mais assim se formos uns putos com recursos (seja peças LEGO seja dinheiro) limitados.
O conteúdo é variado mas sempre dentro do tema, o mar. Temos algumas coisas modernas como a prancha de surf e a bóia e coisas mais antigas como o baú e o mapa. São vinte e quatro peças (mais oito extra) na generalidade bem úteis. O único problema que noto é mesmo que em alguns casos (por exemplo o tubarão) podem tornar desinteressante a comprar de várias unidades deste set. Outro problema que deve ser referido é mesmo o PPP (mais de dezasseis cêntimos), algo nada atraente que torna um conjunto de peças extra.
Dos seis polybags Xtra lançados até agora este parece-me ser o que tem as peças mais desconexas entre si. Não quer dizer que isto seja claramente um ponto fraco, mas penso que diminuí um pouco a utilidade conjunta das peças, característica essa que até é interessante nos restantes conjuntos do tema. O preço e a escolha de algumas peças diminui o interesse de adquirir várias unidades do set, algo que também não acontece com os outros conjuntos do tema.
Por fim podemos ver que a presença de uma prancha e de uma bóia até tem lógica com alguns sets City que saíram nos últimos temas. Mas a presença de um mapa e baú poderia até clamar por sets Piratas no fosse o caso que até podem ser utilizados em City num contexto de mergulhadores exploradores.
Conclusão 7/10
(Este conjunto foi fornecido para análise pela The LEGO Group, mas a review é da minha inteira responsabilidade)
Esta construção do david zambito tem vários detalhes que a tornam memorável. Começo pelo caminho ultra realista onde o desnível eleva à excelência o já interessante padrão. Não tão vistoso mas também muito interessante é o pequeno lago em que a mistura de zonas com neve com o gelo fica impressionante. A técnica para o telhado até pode ser relativamente simples, mas o efeito final é simplesmente delicioso e o esquema de cores utilizado ainda melhora mais o efeito. Claro que agora podia falar da neve, rochas, paredes do piso superior, etc, mas tenho que confessar que o efeito conseguido nas paredes de pedra não é lá muito bom. Como técnica é interessante e até posso acreditar que ao vivo não fique com este aspecto tão bulboso, mas a verdade é que na imagem é o ponto que menos me agrada.
Desejo a todos umas boas festas.
Para ilustrar este post utilizo uma construção do JK Brickworks que, como sempre, consegue aliar um bom efeito estético com mecânicas interessantes. E claro, a construção é sempre acompanhada por um vídeo bem interessante.
Esta criação do James Pegrum além de ser interessante em termos de técnicas de construção LEGO, consegue transmitir sensações interessantes.
Mas voltando às técnicas, adoro as velas, cordames e o formato dado ao casco.
Já há algum tempo que não destacava uma escultura do Eero "Pate-keetongu" Okkonen e este power-suit não é de ignorar. Como em todas as construções deste autor, mais informações na sua página pessoal.
Este explorador lunático (eheheh) construído pelo Antonhy Séjourné faz lembrar-me imenso algumas das minhas próprias criações (por exemplo esta). Apoia-se muito num desenho compacto onde todos os espaços são utilizados. Destaco também o interior, detalhado mas sem cair em exageros, e a capacidade de os minifigs realmente poderem aceder a todas as partes.
O Arte em Peças abriu no passado sábado ao público, mas ficam aqui uma série de imagens da montagem.
O Biczzz conseguiu captar o ambiente descontraído de dois dias de trabalho que resultaram numa exposição com a habitual qualidade dos trabalhos da Comunidade 0937.
Podem ver mais imagens nesta galeria no Flickr.