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50º aniversário do DUPLO! (parte 5 de 5)

por baixinho, em 12.02.19

Para este post final, da série que comemora os 50 anos do DUPLO, tenho um pequeno resumo do meu contacto com estas peças gigantes bem como algumas pequenas ilações pessoais.

Tive acesso a peças DUPLO na minha infância, memórias demasiado enevoadas para me lembrar de sets em particular. No entanto tenho quase a certeza que este habitou na minha casa. O que quer dizer que na altura a que tive acesso (digo tive acesso porque quase de certeza que eram da minha irmã, mais nova do que eu 18 meses), já praticamente estava a sair fora da faixa etária do público alvo.  Portanto não fiquei com grandes impressões sobre a DUPLO.

Durante as minhas dark-ages, apesar de me lembrar vagamente da secção DUPLO nos catálogos da LEGO, por norma era uma parte que folheava mais rápido ou saltava por completo. 

Só comecei a ter em atenção quando abri uma loja de brinquedos no final de 2003 e ainda mais com o nascimento da minha filha em 2004. Apesar dos tropeções em que a LEGO estava metida na altura, a DUPLO tinha vários conjuntos interessantes e, penso eu, alguns bem inovadores. Se calhar, até demasiado avançados para a época.

Quando a Leila começou a brincar com a DUPLO, como bons pais AFOLs, ela foi inundada com muitos sets do Bob the Builder e do Thomas and Friends.. e claro, muitas peças básicas (que também davam com as peças Quatro, mas isso é outra história). Ainda cheguei a fazer animais com peças básicas DUPLO (alguns aqui) e outras construções simples. Mas personagens dos conjuntos é que a cativavam e acompanharam-na até bem dentro do 1º ciclo, já que para ela serviam para mil e uma aventuras. Sim, aqueles comboios e veículos eram personagens e não meras máquinas. Claro que depois a Leila evoluiu e a maior parte das peças básicas foram dadas e apenas ficamos com uma boa parte dos personagens.. máquinas.

Com o nascimento do Artur, lá fui recuperando o que a Leila ainda tinha. Tinha a esperança que os gostos fossem os mesmos.. mas saíram um pouco ao lado. Ele queria era as máquinas e não ligava muito às personagens. Desta vez também não teve acesso a tantos conjuntos como a irmã, já que apenas um dos pais é que é AFOL. De qualquer forma isso foi compensado quando tive acesso a esta série de reviews, já que alguns dos conjuntos ficaram com ele.

Mas isso foi por pouco tempo, já que rapidamente ele se interessou pelas peças system e o interesse no DUPLO continuou (e continua) apenas nos veículos e máquinas. Aí decidimos doar as peças mais básicas a uma IPSS conhecida. Agora brinca ocasionalmente com as máquinas, mas cada vez mais prefere os veículos construídos com peças system.. principalmente porque pode desmontar e alterar.

Por isso a forma de encarar as peças DUPLO foi algo diferente na Leila e no Artur. A Leila centrava a sua atenção nas personagens e no role play. O Artur não esquece o role play mas centra a sua brincadeira no jogo de construção.

De notar que o que tenho observado na playzone DUPLO na Caixa de Brinquedos (Paredes de Coura) é que de facto há miúdos que gostam mais do play role e outros que centram-se mais nas construções. Não, não tem nada que ver com o género. Por outro lado tenho observado que há crianças já fora da faixa etária alvo (seis, sete e até oito anos) que continuam a gostar de brincar com as peças DUPLO, muito provavelmente porque facilmente conseguem construções de alguma dimensão.

O DUPLO fez 50 anos e penso que terá espaço para continuar a ser uma referência no panorama dos brinquedos para crianças do pré-escolar. Tem um potencial único de agradar tanto os miúdos que gostam de inventar histórias e aventuras como os que gostam de construir, seja empilhar as peças mais básicas, seja construir alguns objectos mais complexos.

Claro que a LEGO deu vários tiros ao lado com o DUPLO, mas isso também aconteceu com o system e numa empresa inovadora muitas vezes tem que se dar vários passos falhados para avançar num.

Pelo que tenho visto, os sets DUPLO continuam, em média, muito interessantes e com uma boa selecção de peças. Sinto apenas falta dos (grandes) conjuntos apenas com peças básicas.

É um brinquedo que deveria ser obrigatório no pré-escolar já que proporciona experiências únicas e podemos ter a certeza que é um material de qualidade e seguro.

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publicado às 07:50



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