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Oficina dos Baixinhos* - Blog sobre o hobbie LEGO® de um AFOL (Adult Fan Of LEGO) português. Relatos das construções, técnicas, críticas, pensamentos e afins sobre LEGO em Portugal e no mundo. *Antiga LegOficina
De forma paralela ao desenrolar do meu top 10 dos modulares da LEGO (ler aqui) vou iniciar um inquérito com a mesma temática aberto a todos.
Assim criei este formulário no Google Forms onde podem indicar os vossos modulares preferidos. Para impedir os votos duplicados é necessário que estejam logados na vossa conta Google, no entanto não recolho endereços de email ou qualquer outra informação (é um processo automático da Google). Para mim cada voto é anónimo.
No caso de estarem a utilizar um ecrã mais pequeno poderão ter que fazer alguma ginástica para poderem aceder a todas as opções. Basicamente devem indicar a posição de cada modular deixando 5 deles em branco. No fim para cada um dos inquéritos atribuo 10 pontos ao primeiro, 9 ao segundo e por aí a fora, somo tudo e assim tenho uma classificação geral.
O inquérito estará aberto até às 24 horas de sexta-feira, 20 de Março de 2020 e conto divulgar os resultados na semana seguinte.
Obrigado por participarem!
Edit: A Play Well Portugal junta-se a esta iniciativa! Assim os resultados poderão ser considerados mais abrangentes! A data de término também foi alterada para 20 de Março.
A série de edifícios modulares da LEGO apesar de ainda em actividade é, inegavelmente, um marco na história da empresa. Creio que, a par da linha Star Wars e dos Colectible Minifigures Series, seja um dos grandes catalisadores do fenómeno AFOL onde converte imensos fãs adormecidos a este glorioso hobby.
Poderia agora divagar pela história desta linha bem como o impacto que foi o anúncio do primeiro deles, o 10182 Cafe Corner. Deixo isso para outra altura para me centrar agora na discussão interminável na classificação dos vários sets. Quais são os melhores e porquê?
Antes de começar a divulgar a minha lista devo frisar que, como em qualquer lista que faço, estão expressas as minhas opiniões e experiêcnias pessoais e que para este efeito não só avaliei a qualidade das técnicas, as peças disponibilizadas, o efeito final a nível estético ou até mesmo a forma como o set encaixa nos restantes edifícios do tema, mas também o seu impacto na Comunidade AFOL bem como a minha relação sentimental com cada um dos edifícios. Lembro também que dos quinze modulares que existem até esta data, construí dez mas conheço bastante bem os restantes.
Por outro lado desta vez o formato deste top 10 será diferente do habitual. Vou dividir o artigo em 5 partes onde vou revelando as minhas escolhas por ordem decrescente.
Por isso, aqui estão o 10º e 9º lugar!
10º - Grand Emporium
Aqui está um set que não me conseguiu agarrar no início e, pouco a pouco, foi ganhando o meu interesse. A verdade é que o tamanho e a alguma austeridade da fachada faziam-no (e fazem-no) um pouco menos “fofo” do que é a norma nos modulares. No entanto deveremos ver isso também como mostra da imponência do (grande) estabelecimento de vendas que o set representa sem esquecer que também o torna bastante credível. De construção relativamente simples tem dos interiores mais desequilibrados dos vários conjuntos integrantes do tema. Pormenorizados por um lado, vazios por outro.
Como pontos memoráveis escolho as lindas janelas em dark-green (que ainda agora são relativamente incomuns) e as escadas rolantes, que ora sobem, ora descem :)
9º - Downtown Dinner
A par de outros modulares, o Downtown não reuniu o consenso quando foi anunciado e, penso eu, passado alguns anos não consegue ainda agradar a todos. Pessoalmente creio que a principal razão desta discórdia deve-se ao estilo vincado das suas linhas. Mas a verdade é que é esse próprio estilo que lhe dá uma personalidade própria e inconfundível que aliada às deliciosas técnicas do designer, Mike Psiaki, tornam a construção interessante e cheia de espantosos detalhes. Sim, existem alguns pontos menores, no entanto isso não invalida a qualidade geral deste set.
Como pontos memoráveis escolho o estilo inconfundível e as escadas de ferro em caracol.
Amanhã avanço com o oitavo e sétimo lugar desta lista!
Os 10 Melhores Modulares LEGO (parte 1 de 5)
Os 10 Melhores Modulares LEGO (parte 2 de 5)
Os 10 Melhores Modulares LEGO (parte 3 de 5)
Os 10 Melhores Modulares LEGO (parte 4 de 5)
Esta construção do Maxim Baybakov é, sem dúvida alguma, o exemplo perfeito que as peças LEGO podem ser uma ferramenta excelente para a construção de modelos perfeitamente sóbrios. O realismo é conjugado de forma perfeita com estilos simples mas eficazes.
No entanto a simplicidade é apenas aparente já que o telhado e fachada de livraria mostram que neste MOC também moram técnicas avançadas de construção.
Via EuroBricks.
As construções da Agata Baśkiewicz (porque é que raios o acento não fica em cima do s?) são sempre um emaranhado de detalhes que tornam os edifícios não só bonitos como interessantes em perscutar por peças em situações incomuns.
A série de modulares que a LEGO está a lançar desde o longínquo ano de 2007 é provavelmente o mais marcante de todos os temas para o mundo AFOL. Além de juntos criarem um layout de beleza única como podem verificar aqui, isoladamente também são bonitos e a cada uma das construções pode ser considerada o state of art em termos de técnicas "legais" para o seu ano de lançamento. Como considero muito improvável que a LEGO lance um dos milhentos projectos de edifícios modulares que são submetidos pelos fãs na plataforma do Ideas, vejo com bons olhos esta proposta com a realizada pelo Fargo73.
Esta expansão de um parque é composta por vários módulos que podem mudar de disposição conforme a necessidade. O efeito é muito bonito e aposto que com um ou outro acerto ficariam a matar junto de um qualquer modular.
Não me parece que a LEGO tivesse que fazer muito para tornar esta construção viável tanto quanto em relação ao parque como ao vários componentes do mobiliário urbano. Claro que ficaria sempre a possibilidade de adicionar ainda mais uns módulos... de preferência a um ritmo anual.
Neste momento tem 1008 apoiantes e ainda tem 586 dias para chegar aos 10 000. Aqui ficam as minhas previsões:
Chegará aos 10 000 apoiantes?
Sim.
Eu sei que é um projecto que agrada apenas a alguém que já seja um AFOL e não me parece que vá atrair nova gente ao mundo LEGO. Mas o projecto é tão simples, bonito e encaixa bem no sistema de modulares que acredito que junte 10 000 apoiantes.
Se chegar aos 10 000 apoiantes, a LEGO irá torná-lo num set oficial?
Ora aqui é que está a pergunta crucial.
Sinceramente não consigo prever já que entra bem no limite entre o que a LEGO costuma lançar e do que não costuma lançar. Acredito que qualquer decisão também não seria unânime dentro da LEGO.
A ser um set oficial, entraria na minha wishlist?
Provavelmente sim, mas teria sempre que ver com as peças presentes e com a modularidade das soluções.
Agata "Pakita" Baśkiewicz pode não ser tão prolífica como o Łukasz Libuszewski, mas o estilo e qualidade estão todos lá. Como sempre podem comprar as instruções para ter uma beleza destas lá em casa.
Tema: Creator Expert / Modular Buildings
Ano de Edição: 2018
Número de Peças/Minifigs: 2480/6
Preço LEGO®: 169.99€ (149.99€ na Alemanha)
Link Brickset: https://brickset.com/sets/10260-1/Downtown-Diner
Quando o Café Corner surgiu em 2007 o mundo AFOL deu um salto e uns meses depois deu um outro com o aparecimento, primeiro, do Market Street e, depois, do Green Grocer, o que confirmou que seria uma série de sets para continuar.
As série foi afinando e agora os AFOLs já sabem que um novo modular ficará disponível a cada 1 de Janeiro. Enquanto ainda não se conhece o próximo set da série, vou recuar praticamente dois anos e analisar o Downtown Diner, conjunto que teve alguma contestação devido ao seu estilo bem vincado.
Em termos de peças temos um jeitoso PPP de quase sete cêntimos, bastante atraente para os dias de hoje. Fora peças impressas, existem neste momento apenas três peças exclusivas para este conjunto, as 6213790, 6221720 e 6213793. Mas não dou grande destaque a estas peças já que penso que a utilidade torna-se duvidosa devido à cor. Sim, eu sou daqueles que não ficou grandemente entusiasmado com o regresso do teal (bright bluish green para a LEGO). Sim, é mais uma cor na palete da LEGO mas preferia outras cores não tão berrantes ou até mesmo o regresso do sand-red. Existem várias outras peças relativamente raras ou incomuns, mas a maior parte são ou em teal ou em ros. :/
No entanto mesmo se não dermos importância a estas cores, restam-nos imensas peças bastante úteis e de fácil utilização. Bricks, plates, tiles, janelas, jumpers, paíneis transparentes, etc. Tudo útil para construirmos edifícios e não só!
A construção é dividida em cinco fases ao longo das duzentas páginas de apenas um livro de instruções. A primeira e segunda fase dedicam-se ao rés-do-chão. Depois de uma parte inicial um pouco chata já que se limita a assentar tiles, as coisas começam a animar-se com a decoração interior do restaurante. Algumas técnicas mais ousadas animam essa fase já que temos SNOT qb e várias utilizações originais de peças. Gostei particularmente de duas longas secções em SNOT que encima a fachada do rés-do-chão. A terceira fase dedica-se inteiramente ao primeiro andar onde temos um pequeno ginásio que pessoalmente achei parco em interiores. Nada que comprometa o valor do conjunto mas vejo como uma oportunidade desperdiçada. As escadas exteriores, as janelas pequenas construídas ao contrário, a frente em SNOT são, para mim, os pontos mais interessantes desta fase. O segundo e último andar ocupa a quarta fase da construção do set. É um estúdio musical um pouco mais decorado que o andar inferior, mas se calhar não tão interessante em termos de técnicas. Continuam as janelas ao contrário e a fachada em SNOT, mas nada que chegue perto daquelas escadas exteriores da fase anterior. A última fase é dedicada ao terraço do edifício (começo a sentir saudades de telhados nesta série) e ao automóvel. Apesar de umas cornijas interessantes, o terraço não deixa grandes lembranças. O automóvel pode ter vindo directamente de Cuba, mas apesar de algumas soluções interessantes, não me conseguiu entusiasmar.
No geral o edifício tem linhas que lhe dão um ar único entre os modulares o que o tornam irrepreensível em termos de exterior. Quanto aos interiores é desequilibrado já que o rés-do-chão é perfeito, o primeiro andar é fraco e o segundo é assim-assim.
As Peças 9/10 (bom PPP e boa variedade, algumas cores difíceis de utilizar noutros contextos)
A Construção 10/10 (deliciosa, sem grandes partes chatas e com algum pontos brilhantes)
O Desenho 9/10 (exterior original e irrepreensível, interiores desequilibrados)
Jogabilidade 9/10 (o habitual nesta série, fica bem em qualquer prateleira de um AFOL)
O grande motivo de contestação a este conjunto, o estilo representado, é para mim o seu ponto forte. Torna-o original, destacando-se dos restantes edifícios da série. Quanto a técnicas cumpre a premissa da série de ser um festival de ousadias :)
Conclusão 9/10
(Este conjunto foi fornecido para análise pela The LEGO Group, mas a review é da minha inteira responsabilidade)
Este modular do ExeSandbox está recheado de detalhes que só por si já fazem dele um excelente MOC. No entanto vale a pena ver as restantes imagens para perceberem até onde vai o nível de detalhe dos interiores. Realço também o formato interessante e o esquema de cores dos dois edifícios.
Sim, algumas renderizações estão bestiais.
Penso que já começa a haver um certo entusiasmo na espera pela próxima construção modular do Łukasz Libuszewski como acontece com os modulares oficiais da LEGO. Já sabemos que vamos ter qualidade e ousadia na utilização de algumas peças.
Este Town Gate não desilude.
Pessoalmente e deixando de lado imensos detalhes deliciosos, gosto da escolha de um telhado de 4 águas iguais, algo nada habitual em LEGO, e a curvatura interior do pequeno túnel.
Foi a primeira coisa que pensei ao ver este MOC do "kofi". A quantidade de pormenores é bestial e a utilização original de peças vai de encontro ao que se costuma fazer nos modulares. No entanto o que me chama mais a atenção é mesmo o facto de os prédios não estarem com a tinta em dia. O resultado é diferente e fantástico.
Em 2007 quando a LEGO lançou o mítico 10182 Cafe Corner não começou apenas uma série de sets que ainda hoje faz furor. Começou também uma moda de MOCs onde os AFOLs utilizam a mesma "métrica" para criarem os mais variados edifícios.
É o caso deste delicioso e, acredito que, cheiroso modular criado pelo utilizador do Flickr bricksandtiles. Utilização inteligente de algumas peças para a decoração da fachada, esquema de cores interessante e interiores credíveis q.b. são alguns dos detalhes que colocam este MOC bem em linha com os modulares oficiais da LEGO.
Este é o segundo artigo de uma série que iniciei no ano passado com este post. Resumindo muito rapidamente, o objectivo desta série de artigos passa por destacar detalhes de alguns sets ou MOCs em detrimento de uma análise geral como os reviews. Alguns destes artigos serão escritos em parceria com a minha filha Leila.
Para este artigo o set escolhido é novamente um Modular, desta vez o 10218 Pet Shop e aqui ficam os detalhes destacados pela Leila:
O reclame “Pets” está muito bem construído e pensado utilizando técnicas muito complicadas.
O aquário que está na loja de animais é muito simples e a prova que utilizando as peças certas pode-se criar o que se quiser.
As grandes janelas do prédio castanho aplica algumas técnicas simples mas torna o edifício muito mais interessante.
As sanitas em LEGO não são muito fáceis de construir por ter que se manter a escala, mas esta além de simples fica bem enquadrada.
As três janelas do prédio azul no segundo andar estão bem construídas mesmo não estando muito detalhadas, ficando assim muito em linha com o resto da fachada.
O pequeno terraço parece mesmo um local confortável e dá ao conjunto uma identidade mais familiar.
As escadas em caracol são muito interessantes quanto à técnica e peças utilizadas tendo um resultado muito bom.
Este MOC do aukbricks até pode ser digital e estar numa escala mais pequena que os modulares, mas o resultado é tão querido e agradável que dá vontade de continuar nesta escala para ver como ficaria um pequeno quarteirão.
Tema: Creator Expert
Ano de Edição: 2019
Número de Peças/Minifigs: 2569/6
Preço LEGO®: 199.99 € (179.99€ na Alemanha)
Link Brickset: https://brickset.com/sets/10264-1/Corner-Garage
O lançamento anual dos modulares causa sempre uma grande expectativa junto dos AFOLs. Este é o décimo-quarto (sim, também conto com o Market Street) e acredito que o interesse tem se mantido nestes últimos anos.
Pareceu-me que a reacção às primeiras imagens deste conjunto foi mista, muito talvez pelo estilo do prédio não ser dado a grandes ornamentos e/ou detalhes. Pessoalmente fiquei agradado tanto pelo tema retratado (um posto de combustível) como pela grande fachada na diagonal, bem diferente do que a LEGO tinha feito até agora.
Mas os modulares não vivem apenas da beleza do edifício, mas também das técnicas de construção que utiliza (muitas vezes inovadoras e extremas) e das peças que traz (muitas vezes raras e em grandes quantidades).
Em relação à série, pessoalmente estive muito entusiasmado com os primeiros três modulares (que os tive) e depois o interesse esmoreceu. Voltei a entusiasmar-me com a série com o Parisian Restaurant, já que além de ser esteticamente bonito, estava recheado de peças novas e técnicas interessantes. Neste momento considero os modulares o state of art da LEGO tanto nas peças utilizadas como nas técnicas. Obrigatório para quem gosta de estar ao corrente em termos de LEGO.
Mas voltando ao Corner Garage e começando pelas peças, mesmo tendo em conta o PVP português, o PPP é interessante já que fica próximo dos 7,8 cêntimos. Segundo o Brickset, são várias as peças exclusivas, algumas delas até em quantidades apreciáveis. No entanto acredito que num dos casos seja devido a alteração da referência LEGO (portanto não uma peça nova) e outras vão ser peças que irão aparecer, possivelmente de forma comum, noutros sets. No entanto algumas delas são muito bem-vindas, como são o caso da window 2x2 em verde escuro e da window 2x3 em sand blue.
Mas um conjunto com mais de 2500 peças não vive apenas das peças exclusivas. A presença de peças em dark orange (nomeadamente bricks 1x?) é notória e extremamente interessante. Arrisco a dizer que suficiente para ficar com um stock satisfatório desta cor. Depois tenho que realçar alguns bricks em dark green, a presença em três cores e numa quantidade apreciável da minha amada plate 1x2 rounded, vários tiles recortados com quantidades e cores interessante e, por fim, as novas folhas (32607) e flores (24866).
A construção está dividida em seis fases, as primeiras três dedicadas ao rés-do-chão e veículo, a quarta ao segundo andar, a quinta ao terceiro andar e sexta e última ao terraço. Como nos últimos modulares, os minifigs vão aparecendo em cada uma das fases e já não é novidade que deixaram de ter o sorriso clássico. A construção, como é hábito neste tipo de sets, é intercalada entre fases mais monótonas como é o levantamento das paredes ou a colocação de um número por vezes grande de peças iguais, e fases mais interessantes onde conseguimos um detalhe original ou nos apercebemos porque afinal tínhamos colocado aquelas peças naqueles locais estranhos uns passos atrás. Aliás, arrisco novamente a dizer que construir um modular é das experiências mais satisfatórias enquanto construção de sets LEGO e este Corner Garage, apesar de não ser excelente, está em linha com que a série nos habituou.
Penso que o design é o melhor possível tendo em conta o estilo de edifício escolhido. Apesar do aspecto um bocado austero da fachada, existem alguns pormenores que fazem com que valha a pena olhar duas vezes. As janelas (principalmente as do lado direito e as do veterinário), a cornija e, principalmente, a sugestão que o posto de gasolina é posterior à construção do edifício e obrigou a remodelações na fachada do rés-do-chão. O próprio posto de abastecimento é um pequeno tesouro bem secundado por um veículo de reboque extremamente interessante.
Não considero que os interiores sejam interessantes, mas também não desiludem. Existem vários pormenores interessantes (aquário, mesa de trabalho do veterinário, parede interior na diagonal no veterinário, quarto de banho, televisão e os vários sofás) apesar de me parecerem que todos andares estão um pouco vazios e mereciam umas tiles no chão, nem que seja a representarem alguns tapetes.
Apesar de o conjunto ter alguns gadgets e estar pensado para ser “brincado”, não consigo olhar para ele propriamente como um brinquedo com o propósito último de estar nas mãos dos mais novos. Bem, no meu caso o Artur anda sempre de volta dele, mas neste caso ele sabe que não é para desmontar.. Pelo menos para já.
De notar que apesar de questionar a pertinência da existência de alguns gadgets, como o portão e a plataforma elevatória de automóveis, reconheço que a sua introdução está realizada de forma interessante e praticamente não afecta o aspecto exterior do edifício.
As Peças 10/10 (uma verdadeira cornucópia de peças apetitosas)
A Construção 9/10 (não é a experiência perfeita, mas não deixa de ser muito boa)
O Desenho 8/10 (talvez aqui o problema não seja tanto o desenho do modelo mas a escolha do próprio modelo)
Jogabilidade -/10 (acredito que na maior parte dos casos é um parâmetro que não se aplica nestes sets)
Não é o melhor dos modulares mas está longe de ser o mais fraco. Consegue cumprir na questão das peças interessantes e técnicas avançadas e é um pouco vítima do modelo de edifício escolhido. No entanto penso que é uma adição de mais valia à série de modulares, já que nem todos os edifícios tem que ser belezas arquitectónicas.
Obrigatório para quem gosta de modulares (claro) e muito interessante para quem gosta estar em cima das novidades LEGO.
Conclusão 9/10
(Este conjunto foi fornecido para análise pela The LEGO Group, mas a review é da minha inteira responsabilidade)
A quinta e sexta fases da construção do Corner Garage centram-se no segundo andar e cobertura do edifício.
Ver esta publicação no InstagramUm t0. A LEGO muito gosta de habitações para solteiros nos modulares.
As paredes exteriores são muito semelhantes às encontradas no primeiro andar o que as torna um pouco monótonas na construção. Já o interior é bem diferente e, apesar de achar que está demasiado vazio, tem vários detalhes interessantes. Gosto da forma como foi conseguido o WC e a televisão foi um sucesso cá em casa. O sofá é muito parecido com os do andar do veterinário e cumpre bem a função. No entanto sinto falta de um tapete, uma estante com livros ou discos, um armário, algo que torne o apartamento mais pessoal. Sim, o poster e a miniatura do camião ajudam um pouco, mas não enchem.
A cobertura é.. demasiado simples. Ok que acompanha os motivos da fachada, mas aquela espreguiçadeira e guarda-sol parecem-me um pouco abandonados.
O resultado final é um edifício algo austero mas com vários detalhes e técnicas de construção interessante. Em breve publicarei um review com uma análise mais aprofundada aos vários parâmetros que costumo avaliar.
A quarta fase do Corner Garage é inteiramente dedicada ao primeiro andar onde funciona um consultório veterinário. A nível estrutural os pontos mais interessantes são a parede na diagonal com as suas janelas (uma delas em SNOT) e a janela por cima do portão da garagem. Esta última tem um efeito muito interessante que é conseguida através da utilização original dos pára-brisas dos comboios.
Ver esta publicação no InstagramSó espero que este veterinário não tenha sido formado em Royston Vasey...
Mas os modulares não vivem apenas da arquitectura. O mobiliário tem sempre algumas novidades muito interessantes como a secretária, a estufa para os batráquios, o aquário ou até mesmo a mesa do, que eu penso ser, microscópico.
A terceira fase da construção do Corner Garage centra-se apenas na secção do posto de abastecimento e no veículo, um reboque.
O posto de abastecimento apesar de um pouco minimalista, tem vários pontos de interesse, principalmente enquanto é construído. Salta logo à vista o facto de estar na diagonal, algo não muito vulgar nos conjuntos LEGO. Se a parede do edifício seria fácil de imaginar com a existência das novas plates 1x2 rounded, fiquei intrigado como é que eles iriam conseguir "prender" a bomba de gasolina respeitando a diagonal da parede do edifício. Isso é conseguido através de uma peça que não conhecia e que resulta numa solução elegante e também eficaz. Outro ponto alto do posto de abastecimento é o próprio reclame publicitário, construído com peças relativamente básicas mas de uma forma muito original.
O reboque revelou-se um mimo e é para mim o melhor veículo que algum modular trouxe (uma limusina no 10232 e um carro de bombeiros no 10197). Aliás, é melhor que muitos conjuntos City já que alia um resultado final apelativo com técnicas muito interessantes e com uma jogabilidade bem acima do esperado para um conjunto modular.
Num próximo post iremos conhecer o veterinário.
Quem segue o Instagram da Oficina dos Baixinhos (aqui) já deve ter reparado que estou a construir o último modular.
Ontem à noite construí as primeiras duas (de seis) fases.
Se a primeira fase centrou-se na colocação de tiles nos passeios e levantar as primeiras paredes, a segunda fase revelou-se mais interessante. Primeiro devo realçar a parede frontal na diagonal que é conseguida através das recentes plates 1x2 rounded. Esta peça revela-se uma forma excelente de alargar a geometria LEGO. Outro ponto interessante são os gadgets presentes. Tanto o elevador para verificar a parte inferior dos carros como o portão da garagem estão construídos de forma muito interessante.. mas pergunto-me sobre a pertinência num conjunto deste género onde a estética parece-me mais importante que a funcionalidade.
Ver esta publicação no InstagramAs plates 1x2 rounded em todo o seu esplendor. Para mim a melhor peça de 2018.
Estou mortinho para continuar :)
A qualidade das construções do Łukasz Libuszewski já é bem conhecida, portanto não vale a pena andar a descrever todos os pormenores que esta construção tem. Basta dizer que segue a mesma linha que alguns dos últimos modulares tem seguido, levar ao limite a utilização e peças em situações incomuns.
Ahh, sim, a construção é digital. Mas os trabalhos de Łukasz são conhecidos por serem passíveis de passar ara ABS.
ps. Sim, eu reparei na miúda a olhar para nós no segundo andar. Priceless.
Este é o primeiro do que espero ser uma série de artigos onde serão destacados alguns (não tem número certo) detalhes de um set ou MOC. A ideia é, de forma divergente dos reviews, realçar certos pormenores de uma construção em detrimento duma análise geral. Pontos escolhidos não por serem o que se destacam mais em alguma característica (beleza, técnicas, etc) mas por se terem de alguma forma realçado a quem escreve. Digo isso porque este artigo também assinala o início de uma pequena colaboração com a minha filha já que foi ela que construiu, escolheu e escreveu os seis detalhes deste 10243 Parisian Restaurantt.
Assim, com este artigo, este blog recomeça a ser novamente dos "Baixinhos" e não apenas do Baixinho.