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Análise de Minifigs Coleccionáveis (parte 1)

por baixinho, em 31.01.23

No final de 2009 começaram a surgir os rumores de um novo tema que teve um enorme impacto no mundo LEGO, as séries de minifiguras coleccionáveis! Em Abril de 2010 (um mês antes do lançamento) recebi em Billund, em conjunto com o pessoal da C0937, as minhas primeiras figuras da série 1 e pouco depois foi um fenómeno. A quantidade de figuras que preenchiam espaços vazios nos temas da LEGO ou completavam outros, elevavam o interesse das séries de figuras a um patamar só comparável aos Modulares ou aos primeiros anos de Star Wars (quando havia realmente novidades).

Mas com o tempo e com a divagação o tema deixou de seduzir-me. Mas para que raios eu queria uma série de bonecos vestidos todos da mesma maneira a representar um desporto que não me diz nada? Ou para quê tantas fantasias que são praticamente inúteis para efeitos de MOCs? Ou o que são aquelas minifigs cabeçudas baseadas em produtos americanos que já andam por todo o lado e agora ainda vem inundar o meu querido hobby? Yeps, no meio de tanta coisa que não me interessava, acabei por começar a esquecer de colecionar as figuras lá pela décima quinta série. Desde aí apenas vou espreitando, muito de vez em quando, e sem me despertar grandemente o interesse.

Até à 24ª série!!

Ver aquele orc com ar de mauzão mas que não deixa de ter aspecto simpático vindo de uma qualquer banda desenhada fez o clique que a compra de duas minifigs da série anterior não tinha conseguido dar.

Com esse clique decidi começar uma série de artigos (mais uma) onde vou analisar minifigs coleccionáveis. Vou inspirar-me num formato que cheguei a fazer algures em 2011/12 no Mão de ABS, site que entretanto desapareceu, que analisava as minifigs segundo diferentes perspectivas. Passo a enunciar, sem qualquer ordem pré-definida, as que conto utilizar desta vez.

Potencial de exército. Este é um dos pontos que considero chave nas minifigs coleccionáveis. Vale a pena ter muitas unidades de uma oleira? Talvez não. E de um ardina? Talvez sim se pensarmos em mudar as cabeças e termos uma cidade grande lá no sótão de casa.

Parelhas. Este é um detalhe engraçado já que no início haviam várias figuras que, simplesmente, eram solitárias. Encaixavam num tema que não havia mais nada no panorama LEGO, o que as tornava difícil de integrar com outras figuras. Claro que este problema foi esbatendo-se com o tempo, mas de vez em quando, ainda acontece. Vou então tentar arranjar a parelha ideal para as figuras analisadas nesta sequência (não obrigatória): figuras da própria série, figuras de outras série e por fim, todos os restantes temas LEGO.

Utilidade das peças. Não pretendo falar apenas dos acessórios e das impressões, mas sim de todas as peças que compõem a minifig. Será que este torso dá para utilizar noutras situações? Ou aquela face será ideal naquele tipo de MOC? Ou aquela espada toda recortada? A ideia é tentar perceber a utilidade de cada peça que compõem a figura.

Inclusão em MOCs. Como no item anterior falo da utilidade de cada peça, neste já vou para a própria figura. Será que é fácil de colocar em MOCs sem a alterar ou alterar de forma significativa?

Colmatar falhas. Este é outro detalhe que quero tentar perceber em cada figura que analiso. Será que precisávamos de mais um guerreiro robô? Talvez sim, conforme o tipo de construções que fazemos. E de uma árbitra? Apesar de perceber a pertinência do tema, não lhe consigo dar uma razão útil ou pertinente para a sua existência além do coleccionismo. O que para mim torna-a algo próximo do inútil. Quero assim perceber se o aparecimento da figura colmata uma falha nas figuras que a LEGO disponibiliza ou disponibilizou.

Conclusão. Sim, pretendo acabar a análise com uma conclusão geral das várias perspectivas que analisei. Como já devem ter percebido, a fronteira entre estas categorias pode ser algo porosa e por isso o texto de análise poderá ser corrido e sem avaliações para cada um dos items. Terei uma avaliação final que, à semelhança das peças que estou a analisar da parede lisboeta, será de uma a três estrelas. Basicamente do “para que é que a LEGO fez isto?” ao “quero, quero, quero!!” passando pelo cinzento “é fixe, mas…”.

Ahh, de referir que não estou inteiramente satisfeito com os nomes que dei a estas categorias. Portanto é provável que vá mudando ao longo do tempo e talvez retire ou adicione outras. Não quero que vejam este modelo como algo rígido e fechado.

Algo que vai já de encontro ao que pretendo para esta série de artigos. Algo mais informal onde em cada artigo tentarei analisar duas figuras, uma mais recente e outra mais antiga. A ideia é não cair e nem contribuir para o temível FOMO e por isso conto que a cadência não vá ser nada regular. Não vou fazer estes artigos só conforme a minha disponibilidade, mas também conforme a minha vontade de os fazer.


PS. Ahh, enquanto fiz este artigo (coisa que fiz aos poucos ao longo de três dias e demorou outros três dias a publicar) dei por mim a ler um artigo do Alex da PlayWell Portugal onde analisa minifigs antigos. Vale a pena espreitar aqui!

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publicado às 07:47



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