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Oficina dos Baixinhos* - Blog sobre o hobbie LEGO® de um AFOL (Adult Fan Of LEGO) português. Relatos das construções, técnicas, críticas, pensamentos e afins sobre LEGO em Portugal e no mundo. *Antiga LegOficina
O 70709 Galatic Titan era um dos conjuntos LEGO deste ano em que depositava mais expetativas. Não só por ser de um tema que aprecio muito (ficção científica) mas porque o veículo principal prometia muito. Não só pelo aspeto final, mas também pela jogabilidade.
Este foi o meu primeiro conjunto do tema Galaxy Squad (sim, comecei logo pelo maior) e estava bastante apreensivo quanto às minifigs. As terrestres são o esperado onde não aprecio muito a cor (que varia conforme o conjunto) e ainda não consegui ter uma opinião concreta quanto ao robô. Os alienígenas estão melhor do que o esperado, principalmente pela qualidade das cabeças tanto no molde como nas pinturas/impressões aplicadas. A quantidade de espécies que a LEGO tem introduzido nos últimos anos já nos dá a possibilidade de fazer um bar espacial bem cosmopolita :)
A componente alienígena do conjunto é isso mesmo.. alienígena, estranha. No entanto acho-a demasiado pequena e fraca para fazer frente ao veículo terrestre. Compreendo o intuito da LEGO em dar a hipótese dos miúdos terem as duas facções do conflito para potenciar a jogabilidade. No entanto a diferença entre as duas facções é tão grande que duvido que dê para muita brincadeira, além de complicar a utilização das peças em conjunto. Provavelmente apostaria num veículo terrestre mais completo e a presença apenas de uma ou duas minifigs alienígenas.
A construção do veículo principal é interessante, mas pessoalmente acho que peca por ter uma componente Technic demasiado presente. Esta opção da LEGO é claramente necessária para aumentar a estabilidade e firmeza do modelo. No entanto se aumenta a jogabilidade do tanque/nave tornando-o praticamente indestrutível, a verdade é que depois de desmontado a quantidade de peças Technic é tão grande que me parece que se tornam inúteis para quem constrói System, como eu e, penso eu, os miúdos que compram este tipo de sets.
O aspeto final do veículo é imponente e segue um pouco a moda no esquema de cores. Branco como cor principal, cinzas para os greeblies e por fim linhas em tons de azul (outras cores nos outros veículos da série). O formato geral é interessante no entanto não gosto das aparentes duas frentes e nas 4 lagartas. O formato das 4 lagartas é recorrente nos conjuntos LEGO (7706 Mobile Defense Tank, 70504 Garmatron e 70005 Laval’s Royal Fighter), no entanto prefiro rodas gigantes como aparece no 6989 Mega Core Magnetizer, 7699 MT-101 Armoured Drilling Unit e 7261 Clone Turbo Tank.
Depois da separação do veículo terrestre, a parte de baixo é autónoma e fica num formato de tanque. Apesar desta frente ser relativamente bem composta, a parte traseira fica meio despida e com muito do "esqueleto" à mostra. O veículo fica também demasiado leve que faz com que as lagartas emperrem muito. O canhão apesar de simples fica bem integrado no resto da estrutura. Pergunto-me é se os mais novos utilizam muito aquele tipo de canhões noutras construções..
Por fim temos a nave propriamente dita. O aspeto geral é ótimo se esquecermos dois pormenores. As asas escondem um vazio enorme na parte central da nave que faz com que ela penda demasiado para a frente. Há que também referir que devido a esse vazio, a forma mais simples de a segurar neste veículo é por trás.. o que torna o swoosh factor um pouco esquisito (o ideal seria pegar por baixo).
Um detalhe que apreciei foi a estanqueidade dos cockpits, pormenor muitas vezes esquecido pela LEGO.
Essencialmente um bom brinquedo com algumas peças interessantes mas que ficou um pouco aquém das espectativas muito devido aos sacrifícios para obter uma estrutura resistente às mãos dos miúdos.
8 em 10