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Oficina dos Baixinhos* - Blog sobre o hobbie LEGO® de um AFOL (Adult Fan Of LEGO) português. Relatos das construções, técnicas, críticas, pensamentos e afins sobre LEGO em Portugal e no mundo. *Antiga LegOficina
Esta construção do Dan Ko é uma participação para o Brickscalibur e para alguém que está no hobby dos jogos de tabuleiro é imediata a associação ao Everdell ou até mesmo ao Root.
De qualquer forma o trabalho é excelente na escolha cuidadosa das peças para a criar um efeito reconhecível e ao mesmo tempo, cartoonesco.
ps. depois de uma ausência mais prolongada que o habitual, a ver se consigo engrenar outra vez no blog.
Como referi neste post, há cerca de um ano o Thorsten Bonsch (Xenomurphy) começou uma tarefa épica. Representar várias cenas d'O Senhor dos Aneís em pequenas mas detalhadas vignettes. Ao contrário d'O Hobbit onde fez tudo sozinho, desta vez a tarefa iria ser dividida por uma irmandade de construtores. O último deles é o Grant Davis que arranca com o ninho da aranha mais horrenda do final da terceira era.
Vale a pena ir à descrição no Flickr desta imagem (sim, eu gosto levar as pessoas a visitarem o local original em que as fotografias são colocadas e porem lá a sua apreciação) e, a partir daí, saltar para os restantes construtores!
Não é a primeira vez que o Patrick Biggs mistura animais com outras realidades, mas sempre que o faz, fá-lo de forma irrepreensível. Adoro todo o ambiente criado pela base em micro-escala, pelo lindíssimo esquema de cores, pela imponência do animal e, claro, pelas suas formas claramente orgânicas.
Hoje ao dar uma vista de olhos na página do Ideas fiquei entusiasmado com vários projectos e a escolha do destaque de hoje até foi algo difícil. Mas acabei por escolher esta baleia corcunda do Les Briques Loïc que tem um aspecto super cativante.
A ideia não é original já que o próprio autor já a utilizou noutro projecto. Eu próprio tenho a impressão que já destaquei algo semelhante aqui no blog. Mas mesmo assim o efeito é espectacular não só pela técnica mas também pelo movimento cristalizado de forma sublime.
Claro que se avançar para set, os designers terão que fazer várias modificações já que o nº de peças parece-me elevado para a dimensão e a experiência de construção poderá ser enfadonha.
Neste momento este projecto tem 406 apoiantes e ainda tem 420 dias para chegar aos 10 000. Aqui ficam as minhas previsões:
Chegará aos 10 000 apoiantes?
Parece-me que não. Mais pelo histórico do autor do que propriamente pelo projecto em si.
Se chegar aos 10 000 apoiantes, a LEGO irá torná-lo num set oficial?
Adoraria que sim, mas o mais expectável é que não. O projecto tem o seu quê de original para cativar a equipa do Ideas, mas acho que isso não vai ser suficiente tendo em conta a habitual concorrência de dezenas de projectos.
A ser um set oficial, entraria na minha wishlist?
Talvez. Dependeria muito do desenho final do set já que poderá tornar-se imensamente monótono tanto a nível de design como de experiência de construção.
Tema: City
Ano de Edição: 2021
Número de Peças/Minifigs: 74/1
Preço LEGO®: 10€
Link Brickset: https://brickset.com/sets/60300-1/Wildlife-Rescue-ATV
Depois de ter analisado o 60307 Wildlife Rescue Camp, pegar neste set pode parecer algo... básico. No entanto acho que é óptimo para perceber uma coisa. Se a linha funciona bem em conjuntos grandes ou pequenos.
Já montei este set duas vezes (no vídeo abaixo tinha sido a segunda vez) e se em termos de experiência de construção é demasiado pequeno para ser expressivo, o desenho é relativamente satisfatório. Por um lado temos a moto-quatro com um sistema que fica entre amortecedor e direcção utilizando para o efeito umas peças novas. Longe dos amortecedores que existiram no início dos anos 90, é um sistema que me confunde um pouco porque o eixo de amortecimento não é perpendicular ao terreno. De qualquer forma a moto-quatro tem um desenho reconhecível, a árvore cumpre a função e o drone poderia ser claramente melhor. Gosto dos macacos e o escorpião é o mesmo (ou semelhante que agora com tantas pequenas modificações nunca sei quando são novos moldes) que nos acompanha há mais de duas décadas.
Gosto da jogabilidade proporcionada pelo set, já que vejo o tema como positivo e tratado de forma simples mas sem cair no cliché dos maus da fita (caçadores furtivos, por exemplo). Em termos de utilizar as peças para outras construções… esqueçam isso e comprem conjuntos Creator ou Classic.
Em termos de peças tem um PPP desgraçado de 13 cêntimos e meio, algo que não consigo encontrar grande justificação. Tem algumas peças interessantes como as castanhas, as duas folhas e pouco mais. Sim, os macacos são excelentes.
As Peças 5/10 (macacos e pouco mais)
A Construção 6/10 (nada a apontar)
O Desenho 7/10 (poderia ser melhor)
Jogabilidade 8/10 (boa e positiva)
É um conjunto de baixo custo mas que sinceramente poderia oferecer mais pelo preço que custa. Gostei da jogabilidade proporcionada já que não necessita ter um “bad guy”.
Conclusão 6/10
(Este conjunto foi fornecido para análise pela The LEGO Group, mas a review é da minha inteira responsabilidade)
Tema: City
Ano de Edição: 2021
Número de Peças/Minifigs: 503/6
Preço LEGO®: 100€
Link Brickset: https://brickset.com/sets/60307-1/Wildlife-Rescue-Camp
Já há algum tempo que o tema City é animado no segundo semestre de cada ano com um tema mais dedicado à exploração do que a vida citadina. Seja no espaço, seja no fundo do mar, seja nos pólos ou, como neste ano, seja ligado à vida selvagem. Estas séries são sempre do meu interesse já que por norma são ser uma lufada de ar fresco no panorama das caixas azuis da LEGO. Bem, na verdade estas séries ultimamente andam numa espécie de ciclo e passado alguns anos voltam à carga.. Portanto perde a sensação de frescura para quem anda aqui há anos.
Dos parcos quatro conjuntos desta série (fora polybags), este é o mais caro de todos e, aparentemente, é exclusivo de algumas superfícies comerciais. Apesar de ter um aspecto bastante infantil, aquela bicharada toda aguçou a minha curiosidade e portanto aqui fica a minha análise.
Começo pelo Preço Por Peça que roça os 20 cêntimos, o que torna este conjunto algo próximo do escândalo. Claro que aquele elefante deve pesar significativamente no preço e as 10 unidades da peça das árvores devem ajudar à festa. Não esquecer os outros animais e outras peças grandes que, sinceramente, até tem o seu interesse. A verdade é que no fim até temos um volume que quase que consegue justificar o preço. No entanto fica sempre a sensação de poucas peças por 100 euros.
Existem várias peças interessantes e que devo destacar. As novas plates 8x8 com cantos arredondados (6350709), as 12 unidades da macaroni em castanho (6322211), a vegetação, os 18 arcos em castanho (6055086) e claro, os animais. Todos eles. Deixo para o fim a 6350724 que me surpreendeu imenso. Basicamente é uma barra de 2 com o centro um pouco mais grosso. Yeps, uma barra de 2, algo que antes apenas era conseguido cortando as hose. Esta é uma peça que pretendo utilizar imenso nos meus MOCs!
Quanto às minifigs, segundo o Brickset são todas exclusivas mas confesso que também não são propriamente dignas de nota. Mas se os minifigs não são dignos de nota, com os animais já não é bem assim. O elefante, os felinos, os macacos e a ave são todos excelentes. Quanto ao elefante ainda torço um pouco o nariz já que estou habituado à versão antiga. Tanto que pretendo fazer um vídeo a comparar os dois!
Temos 4 livros para a construção que por sua vez está dividida em 6 fases. Em termos de técnicas não há nada que entusiasme, no entanto devo referir que a construção decorre de forma suave e nada monótona já que varia do princípio ao fim.
A primeira fase é dedicada à motorizada, ultra-leve e pequeno rochedo que vai entrar em chamas. Se não há nada a dizer quanto ao rochedo, posso dizer que fiquei agradado com o ultra-leve e, claro, com a motorizada.
Na segunda fase temos aquele rochedo à Rei Leão com a árvore meia despida e, o que presumo ser, uma ave de rapina qualquer. Apesar das enormes peças para as árvores serem terrivelmente “juniorizadas”, a verdade é que ajudam a fazer crescer o arvoredo sem comprometer muito. O cenário não é muito entusiasmante em termos de detalhe, mas creio que serve perfeitamente para servir de base para algumas fábulas.
O terceiro livro já teve direito a duas fases já que o camião é bem concentrado a nível de peças. O desenho é simples e, talvez, algo volumoso para um laboratório demasiado vazio. No entanto, o efeito exterior é porreiro e tem mesmo um aspecto robusto.
O quarto livro também teve direito a duas fases, uma para cada árvore. Em termos de construção não há nada a declarar mas o resultado final ficou mesmo aquém do que poderia ser. Grua demasiado simples sem se perceber como é controlada, árvores despidas e utilização desnecessária de peças Technic. Enfim, acho que poderia ser melhor e mais detalhado.
As Peças 7/10 (poucas, mas com várias coisas muito interessantes)
A Construção 7/10 (vulgar mas sem comprometer)
O Desenho 7/10 (desinspirado)
Jogabilidade 9/10 (animais e os seus protectores podem e devem dar boas histórias)
É um conjunto que peca por ter poucas peças para o preço que tem e possuir um desenho algo simplista. No entanto, tem dois aspectos muito interessantes. Primeiro os animais, alguns deles exclusivos mas todos interessantes; segundo o potencial de brincadeira positiva.
Conclusão 8/10
(Este conjunto foi fornecido para análise pela The LEGO Group, mas a review é da minha inteira responsabilidade)
Este MOC do Patrick Biggs alia na perfeição um organismo com uma rocha/construção. Aliás, adoro que a complexidade do caranguejo ermita seja uma dissonante com a simplicidade da rocha e castelo que carrega, já que reforça a diferença entre as duas componentes do MOC.
Este trabalho entra numa colaboração entre vários construções. A Time to Crab que para já tem estas participações.
Há umas semanas atrás tivemos adoptámos uma nova gatinha. Como devem imaginar, foi amor à primeira vista para o pessoal lá de casa. Tanto que ainda andamos uns dias para escolher o nome... que acabou por ficar de "Branquinha". Yeps, aparentemente é albina. É também muito brincalhona e já deu direito a alguns vídeos e fotos que já correram os nossos grupos familiares de Whatsapp :)
Mas o objectivo deste post é mesmo um mosaico que o meu filho (6 anos) fez há cerca de um mês. Durante o mês de Agosto ele foi algumas vezes para o meu trabalho comigo. Coisa que ele não se importa muito já que LEGO é coisa que não falta por lá. Numa dessas vezes estava eu a trabalhar no computador quando ele me pediu uma baseplate grande para construir com peças da piscina de LEGO. Não muito depois voltou com este mosaico com que fiquei bastante maravilhado. Além de ser uma representação bastante engraçada mas reconhecível da branquinha, ele utilizou várias técnicas que muitas vezes vejo pessoas (não só crianças) a terem dificuldades em utilizá-las. Principalmente quando apenas tem acesso a bricks 2x4.
Primeiro conseguiu que a construção fosse praticamente simétrica. As orelhas e o topo da cabeça não estão alinhados, mas fora isso, a construção está simétrica. Segundo a minha experiência, a maior parte das pessoas (como disse acima, não apenas as crianças) até consegue fazer isso, no entanto vejo sempre uma ou outra que tem dificuldades numa coisa que, pessoalmente, acho muito simples.
Mas se pode parecer simples fazer algo simétrico, ao utilizar apenas peças 2x4 isso pode ficar bastante dificultado. Dá para perceber que o Artur começou pelo lado direito e fez a reentrância abaixo da orelha para a destacar mais. Algo que depois o obrigou a deslocar a orelha esquerda para fora para não ficar muito mau já que o topo da cabeça saia. Claro que ele podia deslocar o topo da cabeça um stud para a direita, mas provavelmente nem se apercebeu do problema.
Uma coisa que a maior parte das pessoas não consegue fazer é acrescentar uma segunda camada para obter efeitos mais "finos". Pode parecer estranho, mas aquilo que o Artur fez com os olhos não é nada vulgar nas construções que vou vendo no mural que tenho na Caixa de Brinquedos. Parece que as pessoas basicamente se "autolimitam" e apenas constroem mosaicos apenas utilizando uma camada. Com a limitação de haver apenas bricks 2x4, a utilização de várias camadas facilita imenso a obtenção de formas com mais "resolução".
Também é normal as pessoas tentarem preencher todos os espaços do mosaico. Sim, aquelas partes vazias não são muito vulgares.
Por fim, o Artur simplificou o desenho e o esquema de cores, algo que o mais adultos tem muita dificuldade em fazer. Basicamente, é praticamente impossível obter um grande grau de resolução utilizando apenas peças 2x4 num pequeno espaço como uma baseplate. Quando isto acontece, deve-se simplificar o desenho para ele ficar reconhecível.
E sim, o afastar os bigodes do resto da construção, tornou a desenho muito mais leve!
Claro que estas coisitas não provam que o meu filho é um génio, simplesmente ele tem um contacto maior com as peças LEGO e já deve ter observado isto noutras construções que vão aparecendo por aqui. Exacto, as boas construções vão aparecendo com a experiência em construir originalmente, observar outras construções e não ter medo em experimentar e até errar!
Digam lá que não fica com um efeito bestial?
Este trabalho do filbrick foi realizado, bem como o seu irmão mais abaixo, para um concurso do Ideas. A ideia apesar de não ser original (já vi algures outro MOC com o mesmo efeito) está brilhantemente executada e apenas peca por ser digital, o que lhe possibilitou ter algumas peças soltas e utilizar peças que não existem nas cores utilizadas.
De qualquer forma, ambos os MOCs são autênticas obras de arte.
Quem me segue já deve saber que fico maravilhado com representações de animais com peças LEGO e que a razão é simples, acho extremamente difícil representar as formas orgânicas. Este trabalho do delayice está excelente porque a escultura é imediatamente reconhecível. De notar que as slopes curvas são fundamentais mas penso que a excelência está nas proporções conseguidas.
ps. Não, não tenho a certeza se é mesmo um touro.
Este dragão construído pelo Jayfa consegue dar uso a imensas peças que por vezes acumulam-se no nosso stock. Sim, estou a falar dos braços de robôs que ando com a gaveta cheia e, apesar de ser uma peça que considero muito interessante, não lhes dou tanto uso.
A expressão do bicho é fantástica!
Não é bem o Nautilus que se pode esperar de um destaque meu, mas não deixa de ser uma construção muito interessante. Fruto de uma edição do Iron Builder que promete.
By Moko.
O mote foi um concurso no Ideas, mas mesmo assim considero este trabalho do KitKat1414 de uma qualidade extrema. Primeiro porque continuo a achar que uma das coisas mais difíceis de fazer com peças LEGO são formas orgânicas. Segundo porque o fez de forma espectacular numa escala bem pequena.
Sim, faz lembrar um pouco um dos animais que aparece no filme Annihilation, mas acho que ninguém se importa com isso :D
Para quem se pergunta para que raios servem as peças fosforescentes, aqui fica uma espectacular resposta por Milan Sekiz.
Porque além dos trabalhos comissionados que costuma fazer, tem tempo para fazer estas coisinhas lindas e partilhar as instruções.
Para quem não fica impressionado com animais, o Aaron Newman também fez uns pequenos cenários de um qualquer reino encantado e uns pretenciosamente queridos veículos militares.
Luis Peña, um ilustre chileno no mundo AFOL, continua a presentear-nos com construções que alargam o seu portfolio para temas que não tenha explorado. Desta vez temos representações de pássaros (ele já os visitou auteriormente, mas não a esta escala) sul-americanos e com direito a instruções de alta qualidade que podem ver nesta galeria?
Com tantos pássaros, será que anda a jogar Wingspan?
Impressionante construção do Lee Nuo onde capta na perfeição o momento certo de um salto de uma baleia. Vale não só pela forma como representa a baleia mas também como imprime a sensação de movimento no MOC.
Aqui está uma belíssima forma de gastar uns míseros seis Brick Separators das dezenas que o pessoal vai acumulando.
Este MOC apresentado pelo Kale Frost é inspirado por um trabalho de outro AFOL australiano, Gabe. Kale também aproveitou as boas reacções para o colocar no Ideas.
As formas deste MOC do Louis of Nutwood são excelentes, no entanto a fotografia (e sua edição) elevam a construção a um novo patamar ao criar o ambiente certo para esta criatura.
Apesar de ter visto o filme no cinema quando era miúdo, as aventuras do Bambi nunca me entusiasmaram. Então nem falo das raras histórias que lia nos livros de banda desenhada.
No entanto consigo ver bastante qualidade nesta construção digital do Jimmi-DK que, como ele indica, também está no Ideas. A estrutura relativamente simples capta na perfeição o Bambi e, por cima, permite várias poses. O esquema de cores também está em linha com o original.