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Oficina dos Baixinhos* - Blog sobre o hobbie LEGO® de um AFOL (Adult Fan Of LEGO) português. Relatos das construções, técnicas, críticas, pensamentos e afins sobre LEGO em Portugal e no mundo. *Antiga LegOficina
Tema: Icons
Ano de Edição: 2022
Número de Peças/Minifigs: 1254/5
Preço LEGO®: 100€
Link Brickset: https://brickset.com/sets/10497-1/Galaxy-Explorer
Com a comemoração dos 90 anos da empresa LEGO, a empresa aproveitou para lançar alguns conjuntos referentes à data. Este é um deles e é basicamente um reimaginar do conjunto 497/928 Galaxy Explorer de 1979. Como bónus, a LEGO disponibilizou na Internet as instruções para novas versões dos irmãos mais pequenos do Explorer, o que pode dar a vontade a algum pessoal de comprar logo 3 unidades deste set.
A caixa é logo uma das características que chamam a atenção pelo seu design já que remete directamente para aquela que é chamada a época de ouro da LEGO (algo que poderá ser questionável). Vou ser sincero ao dizer que adoro estas caixas e não é só pelo sentimento nostálgico que despertam. É que acho que o artigo em si (neste caso, a construção LEGO), é muito mais visível e fácil de perceber que a grande maioria das caixas que se fazem agora. Bem, não é propriamente agora mas sim nas últimas duas décadas. Ok, as caixas da linha Icons e linha Ideas já começam a ter minimalistas, mas a verdade é que aquele fundo negro não beneficia alguns dos sets e acho que esta aproximação (a clássica) é mais alegre e consegue criar uma identidade mais única. Achei estranho a caixa ser aberta através de um punch lateral o que a danifica. Não é que isso me chateie muito (a minha já foi para a reciclagem), mas tendo em conta que, creio eu, a maioria dos AFOLs colecionadores gosta de as guardar, a ceninha da fita-cola seria a escolha mais lógica.
Em termos de peças devo mesmo começar por referir que o PPP é muito jeitoso. Anda perto dos 8 cêntimos, o que é um verdadeiro achado hoje em dia no que toca a Icons. Há várias peças exclusivas, a maior parte delas são impressões e outras penso que sejam actualizações de moldes já antigos e por isso tem uma nova referência no Brickset. Pessoalmente o destaque vai para o tile meio círculo em light-bley (foram tantas as vezes que achei que esta peça ficaria melhor do que duas quartos-de-pizza juntas), as canópias em amarelo transparente (sim, uma estava riscada e parece que é comum isso acontecer) e para os óculos dos Minions (6303442). Mas além destes destaques há muitas outras peças bastante úteis e, por isso, não posso deixar de dizer que adorei as peças impressas, a quantidade fenomenal de plates e tiles cinzentas e as sempre úteis wedges. Achei piada a que só tenham sido utilizadas cores que existiam na altura (claro que o cinzento fui substituído pelo novo) mas que no fim faz com que a pallete de cores das peças seja algo monótona. Yeps, já não consigo viver sem aqueles tons pastéis todos.
Provavelmente esse é um dos pontos que eu considero como dos mais fracos do conjunto. Se por um lado o esquema de cores obedece de forma irrepreensível o modelo original, acho completamente deslocado do que normalmente se vê e viu na ficção científica. Aliás, o próprio formato da nave é algo esquisito. Mas claro que não me posso queixar disso já que o designer (o excelente Mike Psiaki) seguiu à risca os valores do original. Aliás, devo referir que tendo em conta as limitações do desenho de sets LEGO, o original e o preço target, dificilmente se conseguiria fazer melhor do que este set. Eu é que se calhar adoraria que a LEGO fizesse uma nave espacial na linha Icons com traços modernos mais sem ser vinda de um filme, série de TV ou IP manhoso.
Há detalhes que são excelentes, começando pelo trem de aterragem, as técnicas perfeitas que foram utilizadas para se conseguir aqueles ângulos, os interiores que normalmente são esquecidos, o plano inclinado para o habitáculo, o gadget da rampa de acesso, a porta entre o compartimento do rover e o habitáculo, o próprio rover, as setas “impressas” e as minifigs onde se inclui o robô bem ao estilo clássico. Aliás, é mesmo nisso que o conjunto vale. Consegue cheirar a clássico mas onde o estilo de construção é do mais moderno que há e o facto de ser 1.5x maior só lhe traz encanto. Aliás, a nave é mesmo enorme para aquilo que nos habituamos a ter nesta faixa de preço!
Para chegarmos a este desenho a construção desenvolve-se ao longo de nove fases que nos são mostradas num livro de instruções com 164 páginas e com dimensões próximas do A4. As primeiras quatro fases são dedicadas ao que eu chamo a estrutura da nave. A primeira pode assustar pela quantidade de peças technic que, apesar de serem na maioria úteis bricks technic, é mesmo assim algo aborrecida. Mas depois tudo muda e começamos a trabalhar com peças na diagonal onde são utilizadas várias soluções interessantes para no fim bater tudo certinho. As últimas cinco fases tornam as coisas ainda melhores, já que dedicamos praticamente todos os passos ao casco e habitáculo da nave. Sim, há vários momentos de construir em espelho algo que fizemos uns passos antes, mas nada que torne a experiência cansativa. Há detalhes de construção como a comporta e as setinhas “impressas” que são os momentos que mais facilmente ficam gravados na memória. Num ápice temos a nave pronta e até começamos a pensar que poderiam ter ido mais além com a superfície lunar e a pequena base como acontece no original.
A jogabilidade foi testada pelo meu filho. Fartou-se de brincar com algo que não é relativo a um filme ou série de TV, cujas as minifiguras são genéricas e que não há um conflito implícito. Afinal há esperança na humanidade já que as crianças de hoje conseguem ainda brincar com algo que era comum há 40 anos atrás e que insistem a dizer-nos que está fora de moda. Portanto, 10!
As Peças 9/10 (bom preço para uma boa variedade e com algumas preciosidades)
A Construção 10/10 (excelente experiência com vários momentos wow)
O Desenho 10/10 (um redux perfeito)
Jogabilidade 10/10 (tudo para uma criança ser feliz num set de luxo)
Excelente preço para um bom volume de peças. Excelente experiência de construção que resulta num set que consegue captar uma época da LEGO sem parecer datado e, por fim, uma jogabilidade excelente onde qualquer criança consegue brincar sem recorrer a um qualquer IP de qualidade questionável e sem conflito implícito!
Conclusão 10/10
(Este conjunto foi fornecido para análise pela The LEGO Group, mas a review é da minha inteira responsabilidade)
Este MOC do Tim Goddard também é para um concurso no Ideas e é também uma bonita homenagem aos primeiros tempos dos temas espaciais. Temos exemplares de todas as figuras que habitaram o espaço LEGO dos anos 80 e parte dos 90 bem como alguns ilustres representante mais modernos.
Mas além das figuras vale a pena dar uma vista de olhos em todos os detalhes que o Tim colocou neste pequeno cenário. É caso para dizer que lhe sai naturalmente.
yu chris conseguiu despertar toda a minha atenção com este pequeno vídeo.
Depois de ter deixado escapar o terceiro desafio do concurso Bloco by Bloco, tinha que participar no quarto e último. A premissa desta vez ajudou a ter tempo de completar a tarefa já que era construir algo com apenas 10 peças. Apesar de ter caído no cliché de construir em micro-escala, decidi enveredar pelo Classic Space e criar dois pequenos veículos.
Foi um exercício giro já que levei algum tempo no tira uma peça, coloca outra, mas agora estou com 11, qual sai?, isto ficava giro mas leva logo 4 peças, coloco e tiro aquele pormenor que ocupa 3 peças e faço o outro para levar menos uma.... e por aí a fora.
Este encantador rover construído pelo Kale Frost possui linhas quiçá diferentes do habitual já que aquele windscreen lhe dá um aerodinamismo que raramente se vê num veículo deste género. Aliás, o normal é não serem nada aerodinâmicos!
De qualquer forma o rover está impecável e cheio de pormenores de arregalar o olho a qualquer AFOL. São as cheeses nas jantes, a fragilidade do braço ou aquele cockpit bem detalhado.
Apesar de não gostar muito de mash-ups, este MOC do Purple-Wolf conseguiu despertar o meu interesse. Gosto de todo o ar simples e clássico da construção que nos remete directamente para o início dos anos 80.
Algures na galeria do autor também esta a fotografia de um MOC que me fez sorrir.. :)
Esta construção digital do Huw Gwilliam torna-se interessante não só pela cápsula esteticamente interessante mas também pela utilização de peças em diferentes escalas.
Sim, leram bem. Diferentes escalas.
Algo que, se calhar, podem apreciar melhor num outro trabalho do Huw.
Neste trabalho as peças em diferentes escalas são bem mais evidentes e, com certeza, já não é preciso ter um olho mais treinado para reparar nelas.
O efeito é muito interessante criando possibilidades únicas, mas com aplicação apenas digital e fotográfica.
Bem, com a impressão 3D se calhar estou errado quanto à afirmação anterior...
Aqui está um MOC que abre uma nova gama de possibilidades na construção LEGO. Sim, eu sei que já se construiram outras caixas com peças LEGO que até abriam, etc e tal. Mas para mim o novo é mesmo a representação de um set LEGO real e a tentativa não de criar mecanismos mas sim a tentativa de representar a caixa de todos os ângulos.
Criação de Mike Dung que vale a pena dar uma vista de olhos nas outras imagens.
Piotr Turecki, com este rover, fez algo que há já algum tempo gostaria de experimentar. Construir um MOC estilo anos 80 mas utilizando peças que existiram nessa altura. Este tipo de limitações na construção e estilo encanta-me e, penso eu, tornam a acto de criar um MOC uma tarefa interessente de forma diferente.
Este MOC é mesmo prova disso e, arrisco a escrever, teria tudo para ser um set nos anos 80.
Esta fotografia do Brent Waller dá as boas-vindas ao mais novo membro do clã dos minifigs Classic Space. Claro que a maior parte das minifigs expostas não são oficiais.. mas quem se importa?
Sim, adoro a versão laranja :)
Neste mês de Febrovery não podia faltar um redux de um set Classic Space. Apesar de digital, este MOC do GBailey NA segue as linhas principais do 6926 mas introduzindo novas peças e técnicas e dando-lhe um ar mais robusto e agressivo.
Sim, parece que há qualquer coisa errada com aquele pin.
Tema: The LEGO Movie 2
Ano de Edição: 2019
Número de Peças/Minifigs: 68/5
Preço LEGO®: 9.99€
Link Brickset: https://brickset.com/sets/70841-1/Benny-s-Space-Squad
A LEGO sabe perfeitamente que a nostalgia vende e este set é a prova disso mesmo.
Mas começando pelas peças não podemos esperar nada por aí além. Não temos peças propriamente exclusivas e o PPP é alto (mas sem assustar) mas aqui o que interessa são as minifigs (+ o robô) e essas são praticamente exclusivas hoje em dia. Sim, é de lembrar que cada minifig (- o robô) fica por apenas 2.50€.
Tirando o já conhecido Benny, as restantes minifigs (cujo nome se encontra na parte de trás da caixa) estão muito próximas do que a LEGO fazia há 40 anos atrás, claro que com um capacete mais resistente e não, não me esqueci da minifig com fato espacial cor de rosa. Apesar de eu ter preferido o laranja como nova cor a introduzir na palette existente, o cor de rosa é sempre bem vindo.
A construção é tão simples que a fiz no carro em andamento. Não, não ia a conduzir. Segue bem o estilo da altura sem grandes técnicas.
Aliás, por falar em estilo, é nisso que este conjunto é grande. O estilo do final dos anos 70 é completamente respeitado mas sem deixar de introduzir novas peças de forma a melhorá-lo.
Quanto à jogabilidade, quatro minifigs com os respectivos acessórios quase que chegavam. O Artur (que ainda está fora da faixa etária alvo) aproveitou-os logo para aventuras de exploração. Retirava e mudava os acessórios; levava-os a explorar o quintal; fazia vroom com a navezita; alterava os veículos e, por fim, com aquele robô sempre a acompanhar.
Pois, sem “conflitos” com outras forças do mal.
As Peças 8/10 (regular onde o que interessa são as minifigs)
A Construção 8/10 (sim, simples, mas fiel ao anos 70/80)
O Desenho 10/10 (fiel mas sem esquecer as possibilidades das novas peças)
Jogabilidade 10/10 (4 minifigs para explorar o mundo, precisamos de mais alguma coisa?)
A LEGO já tinha editado um conjunto que era, de alguma forma, uma homenagem ao Classic Space, no entanto este consegue captar melhor o espírito. Não são necessários grandes veículos para um bom conjunto de aventuras.
Duvido que uma pessoa nostálgica dos anos 70/80 consiga comprar apenas um.
Conclusão 9/10
ps. e antes de terminar, sim, para mim o grande ponto fraco deste conjunto é a presença do Benny. Um minifig de outra cor (já tinha falado do laranja?) e dava 10 ao set!
(Este conjunto foi fornecido para análise pela The LEGO Group, mas a review é da minha inteira responsabilidade)
Este mosaico de um astronauta Classic Space criado pelo Frost tem a particulariedade de utilizar peças diferentes para obter um resultado mais fiel. Além disso é ele próprio a superfície de um planeta a ser explorado.
Johan "Jalex" Alexanderson teve a ousadia de pegar e misturar duas coisas que fazem qualquer quarentão que se preze esfregar os olhos. O Classic Space da LEGO e os jogos de (mais ou menos) 8 bits. Fica aqui o link para jogarem esta preciosidade e um pequeno trailler para verem o que vos espera :)
Trabalho (e fotografia) muito bom do Julius von Brunk para um concurso no Instagram* do Brickset onde é representado em micro-escala o conjunto 6990. Gosto particularmente da forma aparentemente simples com que foram representados os vários componentes do set.
Ahh, e o landscape.
* por favor, deixem-se disso... :/
Estas três construções do Guido Martin-Brandis são realmente uma ode à utilização desenfreada de greeblies.
Não sou muito dado a crossovers, mas esta mistura de Cars e Classic Space está mesmo bestial. Construção de Frost.
Confesso, o que me chama mais a atenção é o rastro deixado pelo speeder. A simplicidade da técnica é desconcertadamente eficiente.
Claro que o MOC do Sad Brick não acaba aí, o próprio veículo está construído de forma irrepreensível onde mais que os greeblies, atraí-me o pormenor em azul. Pena a antena estar na cor errada.
De notar também o landscape claramente alienígena.
Ainda a peça está fresquinha e já começam a aparecer alguns MOCs com ela. Estou a falar do windscreen em trans-yellow que o César "CesBrick" Soares (o designer do set 75176 Resistance Transport Pod) pôs cá fora para gáudio dos Classic Spacers.
A construção é do Jorel e segue bem as linhas esperadas por um veículo Classic Space. Gosto particularmente do depósito e, claro, do cockpit.
Não é a minha cor preferida mas é sempre a escolhida quando ando nos jogos de tabuleiro.
Luigi Priori continua a encantar com as suas fotografias que nos enchem de nostalgia. Será que ficava bem no meu ambiente de trabalho?