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Oficina dos Baixinhos* - Blog sobre o hobbie LEGO® de um AFOL (Adult Fan Of LEGO) português. Relatos das construções, técnicas, críticas, pensamentos e afins sobre LEGO em Portugal e no mundo. *Antiga LegOficina
Sem querer fui parar a este longo post do Jan Kusters no Eurobricks e passei uns bons minutos a seguir a história, contemplando as imagens e a lembrar-me que quando era miúdo, fiz algo do género. Claro que num formato bem mais humilde.
Basicamente o Jan criou uma longa história de exploração espacial a partir de uns quantos sets LEGO, algumas modificações e muita imaginação. Pode não haver grandes técnicas de construção ou a história primar pela originalidade, mas uma coisa é verdade. É encantadora na forma como parte de uma premissa comum e mostra a grandiosidade de uma aventura da humanidade de uma forma que todos nós poderíamos fazer.
As fotografias e a sua edição estão bestiais e criam a atmosfera perfeita para a história. A própria superfície de uma boa parte das fotografias transportam-me imediatamente para as minhas recordações. Era normal brincar em cima da cama onde os planetas para onde as minhas sondas e naves viajavam eram simplesmente os restantes móveis do meu quarto. Uma viagem às outras divisões da casa eram, claro, viagem interestelares!
Este trabalho do Jan mostra que não são necessários grandes conhecimentos de técnicas de construção ou um grande stock de peças para brincar com LEGO por muito tempo. Basta sim trabalho, paciência e uma boa dose de imaginação!
Vale a pena ler a história e imaginar outras aventuras do género com o nosso LEGO.
Tema: Icons
Ano de Edição: 2022
Número de Peças/Minifigs: 1254/5
Preço LEGO®: 100€
Link Brickset: https://brickset.com/sets/10497-1/Galaxy-Explorer
Com a comemoração dos 90 anos da empresa LEGO, a empresa aproveitou para lançar alguns conjuntos referentes à data. Este é um deles e é basicamente um reimaginar do conjunto 497/928 Galaxy Explorer de 1979. Como bónus, a LEGO disponibilizou na Internet as instruções para novas versões dos irmãos mais pequenos do Explorer, o que pode dar a vontade a algum pessoal de comprar logo 3 unidades deste set.
A caixa é logo uma das características que chamam a atenção pelo seu design já que remete directamente para aquela que é chamada a época de ouro da LEGO (algo que poderá ser questionável). Vou ser sincero ao dizer que adoro estas caixas e não é só pelo sentimento nostálgico que despertam. É que acho que o artigo em si (neste caso, a construção LEGO), é muito mais visível e fácil de perceber que a grande maioria das caixas que se fazem agora. Bem, não é propriamente agora mas sim nas últimas duas décadas. Ok, as caixas da linha Icons e linha Ideas já começam a ter minimalistas, mas a verdade é que aquele fundo negro não beneficia alguns dos sets e acho que esta aproximação (a clássica) é mais alegre e consegue criar uma identidade mais única. Achei estranho a caixa ser aberta através de um punch lateral o que a danifica. Não é que isso me chateie muito (a minha já foi para a reciclagem), mas tendo em conta que, creio eu, a maioria dos AFOLs colecionadores gosta de as guardar, a ceninha da fita-cola seria a escolha mais lógica.
Em termos de peças devo mesmo começar por referir que o PPP é muito jeitoso. Anda perto dos 8 cêntimos, o que é um verdadeiro achado hoje em dia no que toca a Icons. Há várias peças exclusivas, a maior parte delas são impressões e outras penso que sejam actualizações de moldes já antigos e por isso tem uma nova referência no Brickset. Pessoalmente o destaque vai para o tile meio círculo em light-bley (foram tantas as vezes que achei que esta peça ficaria melhor do que duas quartos-de-pizza juntas), as canópias em amarelo transparente (sim, uma estava riscada e parece que é comum isso acontecer) e para os óculos dos Minions (6303442). Mas além destes destaques há muitas outras peças bastante úteis e, por isso, não posso deixar de dizer que adorei as peças impressas, a quantidade fenomenal de plates e tiles cinzentas e as sempre úteis wedges. Achei piada a que só tenham sido utilizadas cores que existiam na altura (claro que o cinzento fui substituído pelo novo) mas que no fim faz com que a pallete de cores das peças seja algo monótona. Yeps, já não consigo viver sem aqueles tons pastéis todos.
Provavelmente esse é um dos pontos que eu considero como dos mais fracos do conjunto. Se por um lado o esquema de cores obedece de forma irrepreensível o modelo original, acho completamente deslocado do que normalmente se vê e viu na ficção científica. Aliás, o próprio formato da nave é algo esquisito. Mas claro que não me posso queixar disso já que o designer (o excelente Mike Psiaki) seguiu à risca os valores do original. Aliás, devo referir que tendo em conta as limitações do desenho de sets LEGO, o original e o preço target, dificilmente se conseguiria fazer melhor do que este set. Eu é que se calhar adoraria que a LEGO fizesse uma nave espacial na linha Icons com traços modernos mais sem ser vinda de um filme, série de TV ou IP manhoso.
Há detalhes que são excelentes, começando pelo trem de aterragem, as técnicas perfeitas que foram utilizadas para se conseguir aqueles ângulos, os interiores que normalmente são esquecidos, o plano inclinado para o habitáculo, o gadget da rampa de acesso, a porta entre o compartimento do rover e o habitáculo, o próprio rover, as setas “impressas” e as minifigs onde se inclui o robô bem ao estilo clássico. Aliás, é mesmo nisso que o conjunto vale. Consegue cheirar a clássico mas onde o estilo de construção é do mais moderno que há e o facto de ser 1.5x maior só lhe traz encanto. Aliás, a nave é mesmo enorme para aquilo que nos habituamos a ter nesta faixa de preço!
Para chegarmos a este desenho a construção desenvolve-se ao longo de nove fases que nos são mostradas num livro de instruções com 164 páginas e com dimensões próximas do A4. As primeiras quatro fases são dedicadas ao que eu chamo a estrutura da nave. A primeira pode assustar pela quantidade de peças technic que, apesar de serem na maioria úteis bricks technic, é mesmo assim algo aborrecida. Mas depois tudo muda e começamos a trabalhar com peças na diagonal onde são utilizadas várias soluções interessantes para no fim bater tudo certinho. As últimas cinco fases tornam as coisas ainda melhores, já que dedicamos praticamente todos os passos ao casco e habitáculo da nave. Sim, há vários momentos de construir em espelho algo que fizemos uns passos antes, mas nada que torne a experiência cansativa. Há detalhes de construção como a comporta e as setinhas “impressas” que são os momentos que mais facilmente ficam gravados na memória. Num ápice temos a nave pronta e até começamos a pensar que poderiam ter ido mais além com a superfície lunar e a pequena base como acontece no original.
A jogabilidade foi testada pelo meu filho. Fartou-se de brincar com algo que não é relativo a um filme ou série de TV, cujas as minifiguras são genéricas e que não há um conflito implícito. Afinal há esperança na humanidade já que as crianças de hoje conseguem ainda brincar com algo que era comum há 40 anos atrás e que insistem a dizer-nos que está fora de moda. Portanto, 10!
As Peças 9/10 (bom preço para uma boa variedade e com algumas preciosidades)
A Construção 10/10 (excelente experiência com vários momentos wow)
O Desenho 10/10 (um redux perfeito)
Jogabilidade 10/10 (tudo para uma criança ser feliz num set de luxo)
Excelente preço para um bom volume de peças. Excelente experiência de construção que resulta num set que consegue captar uma época da LEGO sem parecer datado e, por fim, uma jogabilidade excelente onde qualquer criança consegue brincar sem recorrer a um qualquer IP de qualidade questionável e sem conflito implícito!
Conclusão 10/10
(Este conjunto foi fornecido para análise pela The LEGO Group, mas a review é da minha inteira responsabilidade)
Tema: City
Ano de Edição: 2022
Número de Peças/Minifigs: 1010/7
Preço LEGO®: 140€
Link Brickset: https://brickset.com/sets/60351-1/Rocket-Launch-Centre
Peças brancas para fazer domos!! Brrrr…
Este é o conjunto da série que menos me chamou a atenção, talvez por se situar na Terra, talvez por aquele centro espacial não me convencer muito, talvez por aquele foguetão ser parecido com o editado em 2019 (de qualquer forma, todos os foguetões são parecidos.
Em termos de peças este conjunto segue em linha com os anteriores da série, ou seja, tem um PPP superior a 10 cêntimos, o que para mim é caro. Ok, temos muitas peças de grande dimensão e um bom punhado de exclusivas, mas mesmo assim os quase 14 cêntimos parecem-me exagerados. Além dos quartos de domo em branco, destaco as duas unidades dos cestos em branco, as duas fences 29165 em branco, os exclusivos 14 (!) andaimes em azul escuro e a variedade que me parece ter uma melhor distribuição peças básicas vs peças específicas que muitos sets do tema City. Por último devo referir que a presença da peça que emite luz não acrescenta nada ao conjunto. Um completo desperdício.
Surpreendentemente achei a construção agradável. Claro que haver secções bem diferentes ajudou à festa, mas penso que isso não foi a única característica que levou a essa minha impressão. As oito fases estão distribuídas ao longo de 4 (!) livros. O primeiro é dedicado ao pequeno todo terreno que vai abrir a tampa (não me vem à cabeça outra expressão) ao meteorito acabado de cair. A construção é agradável e o efeito é bem melhor do que eu estava à espera. Aquele veículo tem tudo para servir de base a coisas interessantes. No segundo livro montamos aquela espécie de garagem com um telescópio no topo. A montagem da parte inferior é sofrível, mas o telescópio já tem algumas coisas giras para ver. Pessoalmente achei que o conjunto poderia ter ficado muito melhor, mas reconheço que em termos de jogabilidade é satisfatório. Curiosamente aparece na capa deste livro de instruções um pequeno rover que apenas será construído na última secção do set. A terceira secção é uma espécie de sala de controle. É, de longe, o componente que menos me atraiu apesar de sentir que tem lógica ter sido incluído no set. Construção simples com um ou outro detalhe melhorzito, tem um gadget interessante mas que apenas funciona se aplicarmos os autocolantes, coisa que não faço. Por fim chegamos à plataforma de lançamento e respectivo foguetão. Pensava que a construção da plataforma iria ser entediante. Nada disso. Não é propriamente a construção de um modular, mas achei que para a idade indicada, proporciona um exercício interessante. Gostei da introdução de vários e simples gadgets que fazem com que uma estrutura que tinha tudo para ser estática, ganha-se algum dinamismo. Chegamos por fim ao foguetão. Não fiquei muito impressionado já que não foge muito àquilo que a LEGO nos ofereceu noutros conjuntos semelhantes. Aliás, ainda não é desta que a LEGO consegue fazer um foguetão que divida os vários andares de forma aceitável. De qualquer forma, é um bom brinquedo.
As Peças 8/10 (variedade de peças interessantes)
A Construção 8/10 (com alguns bons momentos sem se mostrar entediante)
O Desenho 7/10 (variada em termos de qualidade com bons detalhes e outros nem por isso)
Jogabilidade 9/10 (vários componentes que potenciam boas brincadeiras)
O maior conjunto desta série é uma espécie de amálgama de pequenos componentes com níveis de qualidade variáveis. Gostei do topo do observatório, da plataforma de lançamento e do veículo todo o terreno. O resto é aceitável e complementa bem para um bom potencial de jogabilidade.
Conclusão 8/10
(Este conjunto foi fornecido para análise pela The LEGO Group, mas a review é da minha inteira responsabilidade)
Tema: City
Ano de Edição: 2022
Número de Peças/Minifigs: 786/6
Preço LEGO®: 100€
Link Brickset: https://brickset.com/sets/60350-1/Lunar-Research-Base
Peças transparentes para fazer domos!! Brrrr…
Este é o conjunto desta série de quatro em que as imagens mais me cativaram e não foi só pelo domo. O próprio formato da base chegou para isso!
Mas vamos com calma e comecemos pela construção. São sete as fases que se espalham por 3 livros de instruções de diferentes formatos. Na primeira temos a montagem dos astronautas, rover/bulldozer, drone terrestre de prospecção e pequena cratera com meteorito. A experiência de construção não é nada de relevante mas resulta num pequeno cenário interessante e fora do vulgar. Gostei da originalidade do rover/bulldozer já que não me lembro de ter visto algo assim da LEGO. Em termos de peças destaque imediato para 2440 que em branco não é nada vulgar. No vídeo, erradamente indiquei que a tinha quando era miúdo. Na verdade fazia parte de um set do meu irmão mais novo (esta ou uma peça semelhante) e as minhas recordações são de quando era adolescente e, por vezes, fazia construções para ele. Apesar de não achar grande piada à água (?) na lua e meteorito, adorei o detalhe do microorganismo que teve direito a impressão e não é um simples autocolante! Ena, que importância que a LEGO lhe deu! :D
Na segunda fase temos uma pequena nave espacial de transporte entre a estação espacial e a superfície da Lua. Este é, provavelmente, o veículo da série toda que mais me provocou uma sensação agridoce. A verdade é que a nível estético está muito engraçado. Até gostei do detalhe da chama (chama no vácuo?) ser uma peça solta e o formato geral segue bastante de próximo alguns concepts arts que existem. No entanto a resistência da construção deixa muito a desejar. As antenas parabólicas estão sempre a saltar fora. Eu sei que a utilização barra 2L (78258) em branco é sempre bem vinda, mas neste caso acho que poderiam ter utilizado uma solução mais resistente. As pernas também mal se aguentam e a verdade é que a nave só fica estável quando assenta nos cones de exaustão dos motores. Por fim e aquilo que eu achei mais intrigante. A forma como a cápsula frontal encaixa no corpo a nave (através de pins), indica que seria destacável. Não o é e nem é aconselhável fazê-lo, já que vai desmontar algumas peças que fazem com que a nave facilmente descambe em pedaços mais pequenos. Fora isso, a montagem é interessante, o resultado a nível estético é muito bom e a jogabilidade apenas é afectada pelos problemas que referi acima.
Chegamos então ao último livro que compreende as cinco fases da construção da base lunar propriamente dita. O alinhamento é esquisito. Começamos pelo centro, continuamos com o centro, depois vamos para o módulo da direita, depois para o da esquerda com a manga de acoplagem ao rover e só no fim é que chegamos ao domo. Parece que a própria LEGO quis deixar o melhor para o fim :D. A construção da base tem muito de “empilhar peças”, mas também vários detalhes interessantes, o que faz com que não seja nada monótona. Pessoalmente gostei da forma como conseguiram colocar os módulos na diagonal, da forma como a manga sobre e desce (apesar das falhas na estrutura) e de todo o domo transparente. Isto fez com que a distribuição de peças entre básicas e específicas seja muito interessante, já que olho para as peças e vejo que vão ser muito úteis no meu tipo de construção. Além das peças de domo (será que não me canso de falar delas?), destaque para a antiga antena parabólica, para as escotilhas em branco, quantidade de tiles interessantes e para aquelas garras que o drone transporta. Última nota para os módulos que seguem um formato muito semelhante aos que existem no set 60227 Lunar Space Station, apesar de não serem exactamente do mesmo tamanho (o que é uma pena). Em termos de jogabilidade, a base é um poço de potencial e com o bónus de se poder ligar o rover do 60348.
As Peças 9/10 (domos transparentes acompanhados de um sortido interessante de peças)
A Construção 8/10 (agradável, mas sem brilhar)
O Desenho 9/10 (sci-fi qb)
Jogabilidade 10/10 (o tipo de jogabilidade que eu aprecio, sem conflito e mesmo assim empolgante)
Fora a falha da fragilidade da pequena nave espacial, este é um conjunto perfeito para crianças que sonham com a exploração espacial. Tem uma boa distribuição entre peças básicas (mais) e peças específicas (menos), tem várias peças cativantes, a experiência de construção é agradável e o resultado final é, esteticamente, muito bom. Por fim, tem a capacidade de potenciar brincadeiras interessantes sem recorrer ao mais batido (e questionável) conflito.
Conclusão 9/10
(Este conjunto foi fornecido para análise pela The LEGO Group, mas a review é da minha inteira responsabilidade)
Tema: City
Ano de Edição: 2022
Número de Peças/Minifigs: 500/5
Preço LEGO®: 60€
Link Brickset: https://brickset.com/sets/60349-1/Lunar-Space-Station
Eu sei que as estações espaciais podem assumir formas estranhas. Mas acho que nesta tentaram ficar a meio caminho de algo assimétrico e estacionário e as formas gerais de uma nave espacial, o que resultou em algo pior que estranho, feio.
Bem, já deu para ver que à semelhança do conjunto anterior da série, o 60348, não vou muito à bola com este set em termos estéticos. Mas será que vale a pena se tivermos em conta outros critérios?
O meu filho teve a tarefa de construir quatro das cinco fases e apesar de um detalhe ou outro, não foi tão estimulante como a do rover. Primeiro temos a cápsula que apesar de ter um exterior giro, o interior parece-me um pouco vazio. A segunda e terceira fases são dedicadas à construção do módulo gigante com grandes janelas (?) e uma forma meio arredondada. Não sei se era essa a intenção, mas acho que não foi bem conseguida. A construção é básica e fiquei com a sensação que apesar do esforço, resulta num espaço monótono. O interior é simples, talvez demasiado simples. Para a quarta fase temos a construção de alguns detalhes do módulo anterior (braço e antena) e a construção do módulo central que alberga o espaço para a colocação do meteorito. Nesta fase fez-me lembrar que continuo a achar que a introdução do azul escuro apenas causa ruído ao esquema de cores desta série. Na última fase temos a construção do módulo que suporta os painéis solares, uma espécie de drone espacial e uns.. Thrusters? Mas para que raios querem que a estação espacial tenha motores daquele tamanho? Se é uma estação espacial, a ideia é ela ficar no mesmo lugar e apenas ter uns pequenos escapes para se manter no lugar e não parecer uma nave espacial. Nope, não gostei. Como também não consigo gostar dos suportes dos dois últimos módulos.
No entanto, como aconteceu com o rover, se em termos de design a estação espacial é um desastre, a jogabilidade é interessante. Temos 5 minifigs (ainda me pergunto como cabem todas lá dentro), temos uma cápsula para fazer viagens, temos uma zona habitável relativamente composta, temos um meteorito que é possível apanhar em pleno voo, colocá-lo no interior e estudá-lo, por fim temos um drone que parece que ativa os painéis solares. Sim, recuso-me a falar dos motores espaciais de uma pretensa estação espacial.
Quanto a peças a sensação é agridoce. Temos uma distribuição de peças interessante com uma variedade relativamente forte de peças básicas. Temos algumas peças que merecem destaque, como os painéis solares impressos, as 8 unidades da canópia em azul claro transparente e as peças que compõem a cápsula que me parecem ter algum potencial apesar de serem sempre uma “mono-peça”. Não vou falar da banana nem do PPP.
As Peças 7/10 (variedade interessante mas algo cara)
A Construção 7/10 (cumpre sem causar experiência interessante)
O Desenho 4/10 (para mim o ponto mais fraco deste conjunto)
Jogabilidade 8/10 (bom potencial de brincadeira séria)
Pessoalmente considero este conjunto um desastre em termos estéticos, no entanto cumpre todos os requisitos para ser um bom conjunto em termos de jogabilidade. Gostei particularmente por potenciar uma brincadeira sem recorrer ao conflito.
Conclusão 7/10
(Este conjunto foi fornecido para análise pela The LEGO Group, mas a review é da minha inteira responsabilidade)
Tema: City
Ano de Edição: 2022
Número de Peças/Minifigs: 275/3
Preço LEGO®: 30€
Link Brickset: https://brickset.com/sets/60348-1/Lunar-Roving-Vehicle
Estou a gostar que a LEGO ciclicamente volte ao espaço dentro do tema City. Não é a mesma coisa que um tema espacial puro e duro, mas não deixa de ser uma aproximação ao tema e que até tem alguns laivos de “científico”.
Este rover é o primeiro da série de quatro conjuntos que foram lançados em Março deste ano. Aparentemente é mais simples do que saiu na Creator em 2020 (31107 Space Rover Explorer) mas isso não diminui o interesse que tinha nele. Aliás, há um detalhe que aparece na caixa que o colocou no meu radar instantaneamente. A possibilidade de se ligar através da escotilha a outro set do tema!
Em termos de peças não é propriamente um achado. O PPP situa-se em quase 11 cêntimos, o que me parece exagerado para um set não licenciado e que, por cima, não tem peças raras que sejam particularmente interessantes. Destaco a presença de duas unidades da 35191 em branco (que irá aparecer mais vezes nesta série), dos minifigs e respectivos acessórios e de duas unidades da 65617 em LBG. A distribuição de peças não é a óptima (mais peças específicas do que básicas), mas é de salientar que fora as peças technic, a grande maior parte são úteis.
A construção desenrola-se ao longo de 3 fases. Primeiro dedica-mo-nos às minifiguras, cratera e rocha/meteorito/whatever pejada de cristais azuis que provavelmente são água num estado qualquer. Construção simples sem nada que destacar. Devo referir que a mochila agora é composta por peças (relativamente básicas) o que dá um aspecto mais blocky aos astronautas. É bom pela versatilidade das peças, mas ao mesmo tempo fica aquém de algumas soluções que a LEGO nos deu no passado. A segunda fase ocupa-se da construção da parte central do veículo. Algo que até poderia ser insosso, na verdade tem algumas particularidades que tornam a construção divertida. Primeiro há que referir que o interior do veículo está dividido em duas secções, presumo que uma com atmosfera e outra sem atmosfera para transporte dos astronautas equipados. Segundo, há algumas técnicas nada convencionais em conjuntos para esta faixa etária. Utilização de barra+clip para virar ao contrário peças e a utilização de peças em SNOT para virar duas vezes a linha de studs. Até o meu filho reparou nisso! A última fase é dedicada ao topo, rodas e outros acessórios, o que faz com que a construção seja bem variada se excluirmos a montagem dos 6 rodados duplos.
O design é, não consigo exprimir melhor, confuso. Não sei se é a presença de várias cores (questiono a necessidade do azul escuro) ou mesmo as superfícies que variam muito ao longo de todo o veículo. Além disso, temos aqueles windscreens que, sinceramente, não nos consegue levar para paisagens lunares mas sim para uns estaleiros quaisquer aqui bem na Terra. Ou seja, esteticamente este rover não me convenceu apesar…
Apesar de ter tudo para ser interessante em termos de brincadeira e, acima de tudo, estar bem próximo daquilo que poderá ser um rover de exploração na superfície lunar. Tem um compartimento pressurizado bem equipado, as rodas permitem movimentos giros (yeps), temos secção para levar os astronautas e um base atrás para levar as rochas para análise na base. Claro que fico intrigado como se acede a estas duas coisas. :)
As Peças 6/10 (variedade interessante mas algo cara)
A Construção 8/10 (agradável)
O Desenho 5/10 (confuso e com algumas opções estéticas questionáveis)
Jogabilidade 9/10 (imensas possibilidades)
O set mais pequeno desta série é excelente em termos de jogabilidade e aproximação à ciência por detrás desta aventura, mas desilude em termos estéticos com um formato e esquema de cores confusos.
Conclusão 7/10
(Este conjunto foi fornecido para análise pela The LEGO Group, mas a review é da minha inteira responsabilidade)
Aqui está o meu mais recente MOC (como se andasse a criar muitos..), um Mars Rover.
A origem desta construção foi a conjugação de duas coisas. Primeiro foi a inspiração vinda da imagem do jogo de tabuleiro On Mars do português Vital Lacerda. A segunda foi mesmo a canópia do 60225 Rover Testing Drive que, no entanto, sempre achei que poderia ficar mais interessante com outra orientação, e assim comecei o MOC. Comecei por "atacar" o habitáculo, mas depois de algum tempo, comecei a ter dificuldades em o acabar. Deixei a "marinar" durante algum tempo e na semana passada fui pegando e o MOC foi crescendo naturalmente. Põe peça, tira peça, se calhar aquela ficaria melhor, afinal não tenho nenhuma numa cor que fique bem, humm e se colocasse algo assim?, tira n peças para caber aquele algo, afinal não fica bem, mas como é que faço isto com as peças que tenho?, já agora experimento isto, não fica tão bem como esperava mas serve, e por aí a fora.
Basicamente a magia de construir com peças LEGO.
O rover tem algumas funcionalidades como podem ver nas várias fotos desta galeria. O habitáculo é totalmente equipado e tem espaço para dois tripulantes. Possui um braço robótico, faróis direccionáveis, porta de acesso, escadas de acesso, acesso ao motor, etc.
Pode parecer um pouco desequilibrado ao ter uma frente maior que a secção traseira (onde fica o motor), mas sinceramente gosto formato já que lhe dá, a meu ver, um ar mais robusto.
Agora falta construir a base...
Mesmo longe da Terra existe a necessidade de transportar bens. É este o trabalho do José, nascido e criado em Trás-os-Montes e camionista desde sempre.. e em qualquer lugar no Sistema Solar.
Ontem tirei o dia para construir qualquer coisa. A ideia era construir um pequeno rover para mais tarde fazer parte do equipamento de uma nave espacial, mas quando vi aquelas rodas não resisti e fiz algo um pouco maior e diferente do que tinha planeado. O cockpit foi o passo seguinte e fui para um estilo que continuo a adorar. O resto foi surgindo naturalmente. Para o esquema de cores escolhi o que já utilizamos na Comunidade 0937... e que continuo a adorar.
Estamos em SHIPtember, portanto há que trabalhar numa SHIP (Seriously Huge Investment in Parts). Sendo assim pego num trabalho que deixei a meio em outubro do ano passado e a ver se é desta que termino.
O objetivo é mesmo acabar antes do final do mês, cumprindo assim o desafio do Grande Jogo da 0937.
Hoje dispus os vários módulos que tenho e fiquei-me com esta configuração. Facilita-me a vida não ter vário níveis e assim aproveito melhor os módulos. Como dá para perceber, esta configuração não chega aos 100 studs, mas conto tornear esse problema acrescentando greeblies.
Um dos problemas que estava a ter no ano passado era como fazer as portas interiores.. Cheguei a uma solução satisfatória mas que apenas vai dividir a nave em 4 secções. No entanto neste momento isso é secundário. Pretendo primeiro construir todos os exteriores e apenas construir os interiores se tiver tempo :)
Interstellar Outpost Contest - 2014 foi um concurso que me passou ao lado como muitas outras atividades no Flickr. Definitivamente devo começar a encarar o Flickr não como um mero repositório de fotografias, mas como plataforma Web 2.0.
As regras simulavam um contrato onde era pedido uma nave de combate com cockpit descentrado e uma veículo de apoio. Ambos os veículos tinham outras especificações que tornavam o desafio bastante interessante.
Como dá para perceber, o concurso já decorreu e os vencedores foram anunciados no dia 1 de janeiro.
Primeiro lugar - cmaddison
Segundo lugar - legojunkie (já tinha falado deste MOC aqui na LegOficina).
Terceiro lugar - SPac13
Há que referir que os prémios também são MOCs bem interessantes, do que destaco o do segundo lugar.
Há uns meses atrás postei a interpretação do robô TARS do filme Interstellar criada pelo Simon Liu. Agora destaco (via TBB) a tripulação completa do Endurance construída por jp_velociraptor, aqui com um Ranger a servir de fundo.
Esta versão do Ranger além de ter um formato muito próximo do real, tem um interior que cabem as quatro personagens humanas mais um dos robôs.
Adorei o filme, adoro a nave e estou mesmo tentado a fazer uma cópia :)
Fica aqui a Destiny, nave espacial onde se decorre a maior parte das aventuras na série televisiva Stargate: Universe. Ao constrário das duas outras séries spin-off do filme Stargate, esta é mais hard-sci-fi e muito interessante. Pena que tenha se aguentado apenas durante duas temporadas.
Esta criação do nameless_member segue todas as características principais da nave numa escala bem reduzida. Destaco a curvatura do casco e no cuidado dos greeblies.
Via TBB.
Ontem estive investi novamente algum tempo na construção da SHIP. Desta vez estava planeado construir o primeiro módulo de três que iriam servir de camaratas. Cada módulo com dois lugares e assim definiria que a SHIP teria desde logo 6 tripulantes.
Mas antes de colocar o beliche e outros detalhes no módulo, pensei em como fazer uma porta que depois poderia ser também utilizada noutros módulos. O grande problema nem está na porta.. mas sim no espaço que ela ocupa no movimento de ser aberta. É que se um módulo é pequeno, torna-se ainda mais pequeno se temos que reservar parte da área para a abertura das portas.
Fiz vários modelos e não consegui ficar sastisfeito com nenhum. O provável é que terei que desistir de fazer a porta a abrir para dentro do módulo mas sim para fora. Isto vai obrigar que os módulos centrais da SHIP sejam simples corredores, o que não era o meu plano inicial.
Completei ontem o primeiro módulo para a minha SHIP. Utilizei um módulo 10x10 para construir uma pequena estação de trabalho que irá ficar ao lado da ponte. Algo como um comunications room.
O espaço é realmente ínfimo mas mesmo assim consegui colocar uma cadeira giratória e móvel, vários ecrãs, secretária com teclado e uma parede onde pretendo mais tarde colocar um autocolante a simular um grande ecrã.
Ontem depois de ter todos os módulos prontos, ainda tive tempo de os dispor de várias formas. Assim, e imaginando que a frente da SHIP está à esquerda, aqui fica cinco possibilidades de configuração.
Provavelmente será esta última que irei utilizar. Ter três linhas de módulos na parte central, faz com que tenha mais possibilidades de utilização do interior. Claro que ainda falta adicionar os escape pods, engines e airlocks.
De notar que depois de terem sido colocados seis technic pins entre cada módulo, a estrutura aguenta-se bastante bem se pegar a meio.
Se há construções que sempre me entusiasmaram, essas construções são as SHIPs. Há mais de uma década fiz uma nave (a Albatroz) que andou perto do conceito e em 2011 fiz a Niveus Sanctus que não é bem do tema mas esteve apenas a 6 studs do objetivo de 100 studs de comprimento. Ambas os veículos tinham como o objetivo a exploração e continuo a querer fazer algo do género.
Durante o mês de setembro apareceram imensas SHIPs devido ao desafio SHIPtember. Um dos modelos que mais me chamou a atenção foi a Magellan do LegoHaulic. O sistema era composto por pequenos cubos modulares que podiam ser dispostos de várias formas e assim poder-se ter várias configurações basicamente com as mesmas peças.
Com a roda inventada apenas necessito seguir as imagens dos módulos interiores para conhecer o standard. Assim pus as mãos à obra e já construí 8 módulos 10x10 e 7 módulos 20x10. Penso que é um número suficiente para começar a fazer os interiores da minha primeira SHIP!
Referência: 21109
Nome: Exo Suit
Tema: Ideas
Ano de Edição: 2014
Número de Peças: 321
Preço LEGO®: €34,49
Preço por peça: 10,7 cêntimos
Dados de compra: Shop@Home
Instruções: 1 livro de 88 páginas
Autocolantes: Não
Minifigs: Sim, 2
Modelos alternativos: Não
Lista de peças: Sim, no fim do livro de instruções
As peças
Desta vez começo pelas minifigs que, nesta cor, são exclusivas deste set. Há muito que os spacers sonhavam com minifigs espaciais em verde e o Mark Stafford não deixou de aproveitar esta oportunidade de presentear o pessoal. Valem por isso.
Em termos de peças, o PPPwiki parece demasiado alto para a quantidade de peças e para o tamanho médio delas. Aliás, a primeira impressão é que o volume das peças parece pequeno para o preço do set.
Há uma peça exclusiva (o 15395 em lbg que aposto irá sair noutros conjuntos em breve) e outras duas que apenas saem noutro conjunto (14769 em amarelo e o 2958 em lbg), as restantes são relativamente comuns. Todas as peças, inclusive as technic, podem ser consideradas muito úteis para construções que necessitem muito de greeblieswiki e pontos de articulação. No entanto a utilidade diminui imenso fora deste tema.
21109 Exo Suit (10) by lbaixinho, on Flickr
A construção
A construção é simplesmente deliciosa. De saborear os vários momentos, mesmo tendo em conta que os membros são construídos em pares.
A primeira fase é a montagem das minifigs, base, barris e robô-tartaruga. De seguida é construído o torso, onde o SNOTwiki traseiro serve não só para abrilhantar uma zona que por norma é esquecida nos mechs da LEGO, mas também para dar uma estabilidade estrutural à zona. Os membros inferiores são montados em duplicado e apenas depois de se juntar ao torso é que são colocadas peças em espelho. Os braços são na sua maior parte montados em duplicados, ficando para o fim as garras que são montadas em espelho. No fim são acrescentados vários detalhes ao veículo.
Vale imenso não só pela técnicas, mas sim pela utilização de mil e uma peças pequenas em situações nada vulgares.
21109 Exo Suit (5) by lbaixinho, on Flickr
O desenho
Por norma não aprecio construções onde o esqueleto technic apenas tem uma função estrutural e que depois desaparece debaixo de uma camada de peças system. Neste caso isso não acontece, visto que as peças technic também ajudam no aspeto final.
A quantidade e qualidade dos pormenores rementem-nos diretamente para os intricados MOCs que pululam a Internet. Dá a sensação que nada foi esquecido e que toda a peça foi pensada para fazer um efeito especial.
Existe alguma consternação em relação à utilização dos barris nos antebraços, no entanto acho que é um pormenor que se estranha e que depois se entranha. Fiquei mais descontente com o fato que o cotovelo tem uma articulação de mobilidade reduzida e não existe qualquer articulação no pulso. Aliás, acho que é mesmo no pulso que está uma das zonas mais frágeis do veículo.
No entanto nada disto atrapalha um aspeto que roça a perfeição.
21109 Exo Suit (9) by lbaixinho, on Flickr
Jogabilidade
Dois minifigs (um deles apeado), um pequeno robô, um mech e.. aparentemente não há direito a qualquer inimigo. Aliás, o único armamento está na tartaruga. Mas depois de ver a minha filha a brincar com vários outros conjuntos, percebo que nem sempre é necessário o conflito, por vezes basta um bom conjunto que proporcione uma boa história para a brincadeira estar garantida.
O Exo-Suit convida a isso mesmo e a inclusão da segunda minifigura, da base e do robô-tartaruga confirma o valor na jogabilidade.
Outros
O livro e a caixa seguem as características dos conjuntos Architecture. O livro de instruções contém uma pequena introdução ao conjunto bem como uma pequena história. As instruções são acompanhadas por ocasionais imagens de detalhes do mech. O único senão é que não consigo gostar da imagem escolhida para o conjunto.
21109 Exo Suit (8) by lbaixinho, on Flickr
Conclusão
Com certeza que este conjunto já ocupa um lugar na história da Comunidade AFOL. É o primeiro conjunto do projeto Cuusoo/Ideas que não é baseado num desenho pré-existente e além disso já praticamente fazia parte de um tema acarinhado por um grupo dentro da comunidade, o classic-space.
Não, não é perfeito. Provavelmente o principal defeito estará no preço que me parece elevado para o conjunto que é. No entanto é extremamente bonito e recheado de técnicas interessantes conseguindo ser bastante jogável e resistente. É também uma esperança para muita gente, a esperança que o tema LEGO Classic-Space retorne às prateleiras das lojas de brinquedos!
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Ontem finalmente tive tempo de abrir o 5002812 D2C Minifigure Retro Set que adquiri durante a semana passada.
A caixa tem uma espécie de gaveta, formato habitual em alguns conjuntos antigos da LEGO.
O conjunto é uma loinda homenagem às minifigs espaciais dos anos 80. A minifigura vem acompanhada de um pequeno robô, bem ao estilo dessa época. O pequeno livro de instruções é ocupado na sua maior parte por referências à história dos temas espaciais da LEGO. Pena que algumas das imagens tenham uma qualidade muito fraca.
Sem dúvida alguma, um objeto de colecionismo.
Aqui fica uma imagem de um dos conjuntos que mais quero este ano (segundo, logo atrás da Vaca do Mar), o 70816 Benny's Spaceship, Spaceship, SPACESHIP!. Quem viu o filme percebe bem este nome incomum. :)
O New Elementary fez um excelente review a esta preciosidade. Destaca algumas peças que irão fazer as delicias aos criadores de naves na linha do Neo Classic Space. Além disso está recheada de pormenores que parecem saídos das naves que a LEGO lançou no final dos anos 70. Com certeza um grande tributo. Isto tudo sem descorar a jogabilidade e capacidades das novas peças LEGO.
Não são bem pinturas, mas autocolantes pensados meticulosamente para dar o efeito pretendido a estes minúsculos MOCs.
Estas duas naves espaciais do Lego Junkie estão tão bem conseguidas que dispesam o habitual comentário "adoraria ver isto numa escala minifig"!