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Oficina dos Baixinhos* - Blog sobre o hobbie LEGO® de um AFOL (Adult Fan Of LEGO) português. Relatos das construções, técnicas, críticas, pensamentos e afins sobre LEGO em Portugal e no mundo. *Antiga LegOficina
Ok, eu sei que é em Matosinhos e que a loja é "apenas" certificada. Mas como para mim a deslocação é praticamente a mesma e como não ligo aos pontos VIP (ou lá como se chama agora), vai dar ao mesmo.
O relato é simples e rápido, cheguei por volta das 8h30, pouco depois eu e o Alex estávamos a gravar um episódio do podcast Conversas em Construção com o João Vitória que, logo a seguir, deu duas pequenas masterclass. A primeira aberta apenas a convidados e a segunda aberta ao público em geral. No intervalo das duas sessões foi a hora dos parabéns com direito ao respectivo delicioso bolo de aniversário. Pouco depois tive que vir embora já que às 14h estava a abrir o espaço onde trabalho em Paredes de Coura, a Caixa de Brinquedos.
Mas apesar de tudo ter corrido de forma rápida, a verdade é que também foi um momento memorável devido às masterclass do João. O João Vitória pode não ser propriamente um elemento muito conhecido no nosso meio, mas penso que valerá a pena ouvir o episódio do Conversas em Construção dedicado a ele (sairá brevemente) para saber quem ele é. Os assuntos por ele tratados durante as sessões foram, para mim, super-interessantes. Mesmo estando no ocaso deste blog, fiquei curioso com os conhecimentos partilhados por ele que são essenciais para compreender como poderá potenciar-se a divulgação dos materiais produzidos pelos criadores de conteúdos. Conhecimentos baseados em estudos científicos e adaptados aos tempos actuais, mas abertos o suficiente para abarcar a constante mudança de paradigmas nas redes sociais. Se tivesse ouvido estas master há uns bons anos atrás, provavelmente a minha relação com este blog teria sido muito diferente.
Por isso um grande obrigado ao pessoal da Suit.PR e LEGO por ter proporcionado este momento e, espero, que os influenciadores e criadores de conteúdos presentes tenham apreciado esta manhã como eu.
ps. Sim, claro que não resisti e comprei uma caixinha do Pick & Build e um pequeno conjunto Harry Potter para o meu pequeno.
O meu filho começou a ler os livros do Harry Potter e aproveitou para por na mesa um par de sets que, milagrosamente, ainda não tinham sido desmontados. Talvez porque o miúdo regularmente pegava neles para brincar :). O giro foi o Artur chegar à conclusão que precisava de mais módulos de Hogwarts e no domingo passado inventou um (sim, criou o seu MOC) e na segunda-feira copiou um set através de instruções online com ligeiras alterações porque não tinha as peças todas ou por causa de modificações que entendeu fazer.
Claro que isto deu-me imenso prazer. Basicamente passei os dois dias a ler deitado num sofá estrategicamente colocado na oficina enquanto ele andava numa correria a procurar as peças que precisava. Devem ter sido dezenas as vezes que tive que apontar para as gavetas para ele localizar as peças que queria. O que vale é que tem boa memória e aos poucos ia percebendo a lógica da organização.
Claro que agora falta saber quem arruma tudo...
Li há pouco que o Kevin Loch faleceu algures no início da semana. Este é um nome que actualmente quererá dizer muito pouco aos entusiastas do mundo LEGO, mas há 20 anos atrás, o site criado por ele, era incontornável. Quem não tinha conta no Brickshelf para partilhar imagens de sets, MOCs ou até encontros de grupos de LEGO? Para terem uma ideia, foi onde eu próprio partilhei as minhas imagens LEGO durante anos além de que aqui no blog referi o site mais de 150 vezes! Podem ler um pouco sobre o Brickshelf aqui.
Apesar do Brickshelf ter sido um dos percussores de muitos sites de partilha de fotos, o tempo e a falta de actualizações fizeram que caísse no esquecimento. Bem, talvez "esquecimento" seja uma expressão muito forte já que ainda vai sendo utilizado (ainda vão aparecendo MOCs novos como este) e é normal algum pessoal (como eu) por vezes consultá-lo para aceder a imagens antigas. Entre os AFOLs mais antigos, também poderão estar vivas as recordações dos períodos conturbados do site onde as ameaças de fecho iam aparecendo sempre seguidas de resoluções aparentemente milagrosas que fizeram com que o site se mantivesse vivo. A minha suspeita é que a própria LEGO participava nessas soluções milagrosas...
Não sei qual será o futuro do Brickshelf depois do falecimento do Kevin, no entanto é inegável a sua importância no hobby e no próprio desenvolvimento da Internet em geral. Por isso, Kevin, um "descanse em paz" e um grande obrigado pelo trabalho que ajudou e de certa forma continua a ajudar este hobby.
Este é para mim o ponto central deste hobby. Aliás, devo referir que tudo o resto vem por acréscimo já que sem isto, duvido que alguma vez me interessasse por LEGO.
Ter alguma construção pensada onde já sei mais ou menos as formas que pretendo. Procurar peças e experimentá-las e às suas conexões. Verificar o que funciona e o que não funciona num processo de tentativa/erro onde a experiência acelera as coisas mas que não é tudo. Ver as peças e respectivas gavetas acumularem-se na bancada já que raramente as ponho de completamente de lado antes de ter a minha solução final. Fazer pausas e nessas alturas continuar a ver peças e conexões na cabeça. Chegar novamente à bancada e às vezes partir para novas soluções que, por vezes, vão dar a caminhos inesperados e novas possibilidades de construção. Por vezes estes momentos despoletam a vontade de fazer outras construções, o que faz ainda mais acelerar o passo para terminarmos e assim podermos dedicar-nos a novas criações. Isto tudo mostra que construir com peças LEGO consegue preencher-me com bons momentos.
ps. Se procurarem bem na primeira fotografia, podem reparar que fiz asneira e acabei por danificar irremediavelmente uma peça.
Ou melhor, gata.
Apesar de nunca ter tido animais de estimação na minha juventude, uma boa parte da minha vida adulta foi acompanhada por vários gatos. Esta é a nova aquisição da família, uma pequenina que já começou a explorar as potencialidades do brinquedo LEGO.
Yeps, já fui buscar uma boa porrada de peças ao chão :)
Após um hiato, o Artur voltou a brincar com LEGO. Alguns conjuntos novos do tema NinjaGo serviram para despoletar outra vez a vontade de colocar os ninjas em acção e para isso foi buscar outros sets da linha bem como outros mais antigos que eu tinha guardado. No entanto o interessante é que ao ver isto tudo espalhado no chão durante vários dias, começaram-me a surgir algumas questões...
Isto é brincar com LEGO?
Ok, sim, os brinquedos que estão no chão sou todos da marca LEGO, no entanto o meu filho não os está a utilizar como um brinquedo de construção. Género de brinquedos em que a marca tornou-se conhecida e porta-estandarte. Basicamente, os brinquedos espalhados no meio do chão poderiam ser de outra marca qualquer e até nem serem brinquedos de construção, que ele iria conseguir fazer o que está a fazer.
Brincadeira com conflito?
Sim. No entanto começo a perceber que não é só a questão de uma boa parte das linhas da LEGO promover isso. As próprias crianças tendem a brincar com conflito. Apesar de achar que é um aspecto essencial para alguns tipos de brincadeiras, não sei até que ponto a sua promoção é uma coisa boa.
Deixar o miúdo brincar com alguns sets mais antigos?
Sim, estão ali coisas com 20 anos e vários que eu guardei carinhosamente durante uns bons anos. No entanto a verdade é que simplesmente a maior parte deles vão ficando esquecidos já que não os tenho expostos. Aliás, não tenho qualquer plano para os expor. Além de que o Artur está a brincar com eles, basicamente o objectivo para que foram fabricados..
Será que daqui a uns tempos vai tudo para peças?
Provavelmente :D
Yeps, sensivelmente 5 anos e meio depois de ter sido reconhecida como RFLM (anúncio original aqui), deixa de o ser. Apesar de ter sido algo repentino para mim, não vejo isso como algo que abale a ideia geral deste blog e do meu interesse nas peças LEGO. O blog existiu durante doze anos sem ser RFLM e, portanto, é como voltar ao seu estado natural. Fico contente por não ter sido um problema de brand values mas algo mais relacionado com o alcance, coisa que nunca coloquei à frente da minha forma de viver o hobby e este espaço.
Como no anúncio de quando passei a ser RFLM, não prevejo grandes mudanças quanto ao formato do blog. Claro que farei muitas menos reviews e estas não serão de novidades. Reviews que, sinceramente, inicialmente não estava à espera que ocupassem tanto do meu tempo e que impediam-me de percorrer ou experimentar outros caminhos. Portanto, nada de essencial muda e podem continuar a contar com posts regularmente na Oficina dos Baixinhos.
Claro que durante o processo de (tentar) arrumar e organizar as coisas na LegOficina tenho que fazer várias pausas. Algumas delas são para fazer as minhas habituais reviews. Durante os últimos anos os sets eram invariavelmente montados num espaço que tenho no meu local de trabalho. Devido aos horários dos autocarros da minha filha, chego ao trabalho cerca de duas horas mais cedo. Tempo perfeito para avançar com as construções dos sets, muitas vezes ao longo de vários dias.
No entanto agora estamos nas férias escolares do Verão e não tenho necessidade de ir tão cedo para o trabalho. Sendo assim, os próximos vídeos serão filmados aqui em casa na minha nova LegOficina. Não terão direito a um fundo e iluminação própria, mas pelo menos vou curtindo o meu espaço mais tempo :)
Mas estou a divagar, a ideia era apenas mostrar e descrever a foto acima. O meu espaço para quando estou a escrever as reviews :)
Ontem comecei o que espero ser uma série de pequenos vídeos relatando o se vai passando na minha LegOficina. Isto vai um pouco na direcção que sempre quis ao longo destes anos todos em que não tive o meu próprio espaço, falar mais sobre as minhas actividades neste hobby e não tanto sobre destaques de construções de outras pessoas. Claro que não vou parar de fazer isso (ainda ontem destaquei um grande MOC), mas simplesmente diminuir esse tipo de artigos já que o objectivo deste blog foi sempre ser predominantemente pessoal.
Este primeiro vídeo basicamente aborda o assunto que fiz neste post de há dois dias atrás. Não é pretensão fazer versões escritas e filmadas de um mesmo assunto, calhou. Quanto aos conteúdos, com certeza que não me vou limitar a falar das arrumações já que pretendo fazer muitas mais coisas com as peças LEGO do que isso. Logo veremos :D
Bem, na verdade este é o 5001º post aqui na Oficina dos Baixinhos já que ontem ao falar da loja da LEGO em Lisboa esqueci-me disto. Foram necessários um pouco mais de 17 anos para chegar a este grande marco e, vou ser honesto, no início nunca julgaria que este projecto iria ter esta longevidade e, até, actividade.
Sem muito mais para dizer além de que pretendo continuar por aqui durante mais algum tempo, ficam aqui links comemorativos do nº de posts.
Post inaugural em Abril de 2005
Post 1000 em Junho de 2009
Post 2500 em Janeiro de 2017
Post 3000 em Fevereiro de 2018
Post 4000 em Janeiro de 2020
Pois, no ano passado estava a contar estar a escrever estas palavras já na minha nova LegOficina. Não estou, mas espero que passe a essa nova fase brevemente.
Nos entretantos continuo a habitar as paragens virtuais com o blog (e também no meu canal de Youtube e no podcast Conversas em Construção) e a acompanhar o que se vai fazendo no mundo LEGO essencialmente através do Flickr e alguma coisita no Youtube. Em linha com o que vai sendo a minhas preferências gerais, sinto cada vez mais desinteresse nas redes sociais e, por consequência, na faceta do hobby que utiliza estas plataformas. Pouco tempo dispenso no Facebook, apenas utilizo o Instagram por causa do trabalho e o Whatsapp é, para mim, essencialmente um serviço para troca de mensagens rápidas.
Como ainda não tenho a minha LegOficina nova a funcionar, o blog continua a ser focado essencialmente em reviews e destaques de MOCs de outros AFOLs. Claro que de vez em quando vou variando, mas sinto falta de escrever (longas) opiniões sobre várias facetas deste hobby tão rico. O que vale é que vou deixando algumas opiniões no podcast. Aliás, posso dizer que as sessões de gravações com o Alex, Tiago e Pedro têm proporcionado momentos bem divertidos. Divertidos são também os pequenos encontros que vamos fazendo mais ou menos semanalmente nas oficinas da 0937. O Guerreiro e o Venceslau são os mais assíduos, mas de vez em quando aparece mais gente, o que torna as coisas ainda melhores.
Claro que com a LegOficina parada os projectos vão acumulando-se na minha cabeça. O interessante é que muitas das ideias que vou tendo, são direccionadas para o meu filho mais novo. No passado construí alguns MOCs para a minha filha brincar (esta casa, esta outra casa e mais este “esconderijo”) e provavelmente farei algo do género para o Artur. Depois tenho de tudo um pouco. Voltar ao Outromundo, naves espaciais, paisagens extraterrestres, medieval com e sem fantasia e até algo pitoresco como cenários nacionais. Bem, vontade não falta!!!
Portanto, agora é esperar que o próximo ano do blog seja finalmente testemunha do regresso do hobby ao normal depois de alguns anos fora do que eu considero habitual.
ps. Para efeitos do habitual registo, o blog tem 4980 posts e estão contabilizados 1045 comentários aqui (não contabilizo comentários nas redes sociais).
pps. A foto que ilustra este artigo tem quase, quase 10 anos!
“Every year is getting shorter, never seem to find the time”
Tinha mesmo que começar com este verso do tema Time dos Pink Floyd para caracterizar este ano. Tudo passou de repente e, como sempre, não houve tempo para fazer tudo o que queria.
Este foi mais um ano pandémico e, como praticamente a toda a gente, isso afectou toda a minha actividade, tanto a nível profissional, familiar e, claro está, no meu hobby querido.
Este ano criei menos, tendo apenas dois MOCs apresentados. O primeiro foi uma brincadeira que pode ser vista aqui e o segundo é algo mais substancial. Uma pista de motocross (apresentação aqui e relato da construção aqui) que deu-me um prazer enorme tanto no planeamento, como na construção e no resultado. É daqueles MOCs que não tem nada de especial mas como um todo funciona bastante bem. É também algo que raramente vejo feito com peças LEGO, desportos motorizados sem ser o automóvel. No trabalho construí bastante, mas por norma foram coisitas pequenas e improvisadas que fiz durante as actividades. A ver se finalmente mudo esta tendência no próximo ano. Pelo menos tenho dois projectos já alinhavados que gostaria muito de concretizar.
Mas se construí relativamente pouco em termos de MOCs, em termos de sets foi outra coisa. Não contei a quantidade de sets que montei, mas pelo menos fiz 65 reviews. Número que contradiz o que referi no final do ano passado (que tinha feito mais de 50 reviews e que este ano tencionava diminuir esse número). Com uma cadência de mais de um set por semana, começa a ser difícil destacar conjuntos já que é fácil de ver pontos positivos em praticamente todos eles. Este maior conhecimento apenas vai dificultar a habitual escolha que faço dos melhores 10 sets do ano que este ano está irremediavelmente adiada para daqui a umas semanas.
A maior parte destes reviews foram acompanhados por vídeos de “Abrir e Montar” no meu canal de YouTube. Apesar de muitas vezes serem feitos à pressão, a verdade é que são um bom momento. Faço e falo do que gosto. Claro que os “Abrir e Montar” ocupam demasiado espaço no canal, mas são de longe os vídeos mais simples de fazer para o pouco tempo disponível que tenho. Quanto ao YouTube, apenas consigo prometer que quero continuar, apesar de ter vontade de experimentar coisitas novas.
Além do blog e do YouTube, tenho participado com bastante alegria no podcast “Conversas em Construção”. Ultimamente eu, o Tiago Catarino, o Pedro “superfan” Sequeira e o Alex temos tido alguns momentos delirantes que estão a resultar em episódios bem divertidos. É um projecto que quero continuar a fazer parte já que retiro um enorme prazer disso!
Participei também no Arte em Peças, a exposição de construção da C0937 em Paredes de Coura. É um momento que mistura o meu trabalho e o meu hobby e que me ocupou todas as minhas atenções durante cerca de dois meses. Foi a exposição em que se cobriu mais área do Centro Cultural com a habitual qualidade das construções da 0937. Entre muitas que poderia referir, destaco o Templo de Santa Luzia do ToZé, dos display Medieval do Venceslau (com ajuda do Alexis, Guerreiro e até eu próprio), o display Technic da responsabilidade do Moisés e o parque de diversões do Alexis.
Mais uma vez dei também uma ajudinha no VianaCon, convenção de jogos de tabuleiros de Viana do Castelo, ao promover um workshop com peças LEGO. Foi um sucesso e fiquei com muita pena por terem ficado algumas pessoas de fora. Não havia peças (as usadas tinham que ficar de quarentena) nem espaço na agenda para mais. Claro que a minha participação na convenção não se limitou ao workshop, organizei os torneios de Catan e Carcassonne e ainda tive tempo de participar num workshop de urbanismo com jogos de tabuleiro :)
Como podem perceber, foi um ano esquisito onde não fiz muitas coisas que queria fazer, mas sem deixar de ser cheio.
Para 2022 a minha maior expectativa em termos de hobby vai mesmo para a conclusão da minha casa e, claro, a montagem da minha nova LegOficina!
Há dezasseis anos eu e a Tânia lançamos este projecto com este post. O blog na altura era graficamente bem diferente, a imagem que acompanhava o post não sobreviveu (nem me lembro qual era) e desde 2010 que praticamente estou sozinho nestas andanças. Mas muito daquilo que nos fez avançar com o blog, continua a ser a essência deste projecto.
Partilhar o que se vai passando na LegOficina e assim mostrar o que é ter as peças LEGO como hobby.
Claro que neste momento não tenho propriamente uma LegOficina em casa, mas é praticamente certo que no próximo aniversário já tenha essa situação resolvida :).
Desta vez não vou fazer grandes futurologias, apenas espero estar aqui para o ano a fazer um post similar!
ps. Para efeitos de registo neste intervalo de tempo foram colocados 4618 posts e feitos 968 comentários (apenas aqui no blog, não contabilizo nas redes sociais).
pps. A imagem é de 2016 e é uma das últimas que tenho da LegOficina original. Sim, aquilo é uma vaca do mar desmontada :)
ppps. Ahh, não se esqueçam de subscreverem o meu canal do YouTube! :D
Para quem não sabe, LUP é a sigla de LEGO User Partner (ou em alguns casos Partnership). A LEGO utilizou esta sigla algumas vezes há mais de 10 anos atrás para designar algumas iniciativas com AFOLs, mas que o conhecimento destas eram tão restrita que a sigla apenas ficou na memória de quem participou.
Eu fui um deles :)
O jogo LEGO Universe teve um programa em que AFOLs de todo o mundo (vá, América do Norte, Europa e Austrália) foram convidados para participarem na criação do jogo. Não, não iríamos programar nem ser beta testers (apesar de também o termos feito), mas mais sermos algo como consultores. Contribuímos principalmente com construções (cheguei a ver algumas minhas no jogo), com o nosso feedback como AFOLs e com muitas ideias.
Não vou comentar aqui o resultado ou o próprio jogo em si, já que nunca liguei muito a este tipo de jogos de computador (MMORPG ou algo do género), além de que não interessa para o propósito deste post. Vou mais relatar um pouco do que foi esta experiência para mim, um AFOL.
Algures no início de 2007 e através de contactos que tinha dos tempos em que fui LEGO Ambassador (sim, na altura era LEGO Ambassador e não LAN Ambassador como é agora) fui convidado a participar num programa secreto e que envolvida assinar um acordo de confidencialidade enorme. Nada a que não tivesse habituado já que na altura da minha participação como LEGO Ambassador (entre 2005 e 2006) assinei vários. Além de mim, outro português também foi convidado para o programa, o Pedro Agnelo. Depois de alguns meses de contribuições online, em Julho de 2007 lá fomos a Denver, onde estavam os escritórios da NetDevil, para aquilo que na altura intitulamos como um fim-de-semana de sonho para qualquer AFOL. Além do nervosismo da grande viagem (detesto andar de avião) e da experiência sempre única de entrar nos EUA, havia a ansiedade daquela que iria ser a minha primeira experiência como AFOL num evento no estrangeiro. Conhecer finalmente vários AFOLs que apenas tinha trocado emails ou conversas em fóruns.
E a experiência foi magnífica. A distância do tempo não me permite fazer um relato cronológico detalhado, mas lembro-me perfeitamente das sessões de formação curtas intercaladas com desafios de construção para serem finalizados em menos de uma hora, dos vários corredores onde íamos buscar peças à mãozada para as nossas bancas de trabalho, das imensas conversas sobre LEGO com AFOLs, de partilharmos os resultados fenomenais dos vários desafios, de conhecermos AFOLs e LEGO designers que admirava, de irmos a uma loja LEGO e termos direito a um desconto substancial (somado ao preço em dólares que é sempre mais simpático), de termos que apresentar o nosso trabalho a outros AFOLs, de podermos trazer quilos de peças em conjunto com outras prendinhas LEGO, de ver pela única vez alguém de pé e coberto até ao pescoço dentro de um enorme caixote cheio de peças LEGO, de ver lagartas de LEGO conectadas com uma extensão que ultrapassava facilmente os 100 metros, de construir colaborativamente em equipas de pessoas que mal se conheciam, de respirar LEGO durante três dias.
Sim, foi mesmo essa a sensação que na altura eu e o Agnelo comentamos entre nós. Respirar LEGO durante três dias.
Coisa que em 2007 era algo... estupendo :D
Claro que também poderia relatar a visão das Montanhas Rochosas, os cães da pradaria, as casas/estradas/carros enormes, as empregadas de mesa, o desperdício de energia em estar tudo ligado a toda a hora, o metro dentro do aeroporto, os comboios, os quartos de hotel imensos, os refrigerantes altamente açucarados que davam umas bonitas noites de insónia, as sanitas cheias, os enormes escritórios open space, os colchões altos e moles, os sinais escritos, o calor abafado, o território quadriculado e outras peculiaridades que estava habituado a ver em filmes e que é bem diferente presenciar ao vivo.
O programa continuou durante mais algum tempo e eu e o Agnelo voltamos a Denver em Junho de 2008 e eu em Maio de 2009 para encontros mais ou menos iguais. Aliás, as fotos que ilustram este artigo são do encontro de 2008.
Além da experiência magnífica, aprendi imenso e abriu portas para novas aventuras no estrangeiro que tratei logo de prosseguir. Em Outubro de 2007 fui com a Tânia durante uma semana inteira à LEGO World na Holanda que na altura era maior exposição mundial. Durante vários anos continuei a ir lá fora apesar de ultimamente isso já não me cativar tanto como cativava na altura. Também experimentei construir sem estar a pensar num resultado final perfeito, mas sim em conseguir num pequeno espaço de tempo transmitir uma ideia apenas com peças LEGO. Algo que ainda hoje faço muito.
Não posso dizer categoricamente que foi a minha melhor experiência como AFOL, já que são tantas as boas que não consigo andar a classificar. No entanto vai ficar sempre para a memória.
Ps. Fotografias de Joe Meno (editor do Brickjournal) que despoletaram este post!
PPs. Entretanto mais fotografias do Alfred Speredelozzi. Do primeiro encontro e do segundo.
É, tenho que fazer isto mais amiúde já que corro o risco de a tarefa tornar-se tão grande que desisto de a fazer.
A lista de reviews foi actualizada e podem vê-la aqui.
A última actualização tinha sido realizada no início de Julho e desde aí fiz mais vinte e quatro reviews o que resulta agora num total de 154 (desde 2013, já que não contabilizei as análises que fiz na primeira fase do blog). Apesar das reviews não serem o propósito do blog, nem do canal de YouTube, a verdade é que cada vez mais ocupam uma parte substancial do tempo que tenho disponível para o LEGO. Nada que de momento considere preocupante, já que ao não ter a oficina em casa, faz com que a disponibilidade para criar MOCs não seja exactamente a mesma.
De qualquer forma e depois de um pequeno hiato para descansar desta faceta do hobby, conto voltar às reviews dentro em breve . Tenho já catorze agendadas para a segunda metade de Fevereiro e até lá devo fazer duas ou três para não perder completamente o embalo :D
Pelas razões que toda a gente conhece, este ano foi diferente de tudo o que se estava à espera. Não vou debruçar-me particularmente sobre a pandemia, mas é lógico que muito do que aqui vou escrever tenha sido afectado por esse fenómeno.
Tudo indicava que ia ser um ano normal, exactamente como eu estava a prever no final deste artigo. Nos dois primeiros meses as coisas estavam a ir normalmente e até posso destacar a minha participação em duas iniciativas onde misturo as peças LEGO com outro dos meus hobbies, os jogos de tabuleiro. Dinamizei dois pequenos concursos/workshops, primeiro no café A Jogar É que a Gente se Entende durante o mês de Janeiro e logo a seguir nos primeiros dias de Fevereiro na convenção de jogos de tabuleiro em Viana do Castelo.
Mais ou menos na mesma altura apareceu um artigo sobre mim no Jornal de Notícias. Apesar de ser muito resumido, dá uma visão geral bastante simpática da minha relação com as peças LEGO.
Então chegamos a Março e as coisas ficaram diferentes. Bem diferentes. A nível profissional tive uma viragem de 180º já que o meu trabalho baseava-se essencialmente em actividades presenciais. O resultado foi direccionar uma boa parte das actividades da Caixa de Brinquedos para o mundo online. Ao nível do hobby foi esquisito. Durante o confinamento tinha imensas peças em casa, mas primeiro há que realçar que estavam completamente desorganizadas. Depois de semanas a organizá-las, o resultado foi relativamente deficiente. Claro que serviu para criar algumas coisas para o trabalho mas não chegou a ser suficiente para criar algo como deve de ser para mim. Em termos online já foi diferente. O blog tornou-se mais regular e tive a oportunidade de abraçar dois projectos que me são bem queridos. O primeiro é o podcast Conversas em Construção em parceria do João Rodrigues da Play Well Portugal (que ultimamente tem sido substituído pela Rita Caré) e do Tiago Catarino que não necessita de grandes apresentações. Neste projecto vamos fazendo alguns episódios em podcast que mais não são gravações de conversas de entusiastas das peças LEGO. Pessoalmente acho que tem resultado em episódios bem interessantes e, segundo o que conheço, é iniciativa única em português no hobby . O segundo é um anseio que já tinha há já algum tempo. Um canal de Youtube. Durante anos queixei-me que não havia praticamente nada em termos de conteúdos em português sobre LEGO no Youtube. Assim decidi dar o meu contributo e avançar com um canal próprio. Confesso que este passo foi dado um pouco porque o meu amigo Pedro Felício decidiu ele próprio também avançar com um canal próprio, claro que sobre Jogos de Tabuleiro Moderno. Sinto sempre alguma inveja do pessoal dos jogos de tabuleiro quanto a isto, já que existem bastantes canais de Youtube com conteúdos em português, alguns deles bastante bons e que sigo religiosamente. É pena e até algo incompreensível que o mesmo não aconteça com o LEGO. Espero que este meu avanço contribua para o aparecimento de alguns canais deste meio de comunicação já bastante estabelecido.
Claro que o canal tem dado imenso trabalho. Apesar de academicamente ser da área de informática, sou completamente verde em multimédia. Mas lá fui aprendendo e neste momento já produzi 61 vídeos! Estes vídeos resumem-se a três tipos. Abrir e Montar, Analisar e Desconstruir. Os dois primeiros tipos são relacionados com os sets LEGO e de certa forma acompanham os meus tradicionais reviews. No último faço a explicação de alguns dos meus MOCs. Tenho mais outros tipos de vídeos na manga, mas ainda não tive tempo de os pôr em prática.
Mas por falar em reviews, acho que este ano exagerei já que fiz mais de 50. Adoro fazer reviews mas decididamente tenho que diminuir um pouco a cadência, já que afecta todo o meu hobby. Conto este ano baixar um pouco o ritmo.
É que pretendo começar a ser mais regular na construção de MOCs. Este ano consegui colocar o meu stock de peças de LEGO mais ou menos organizado num espaço emprestado. Claro que não é o mesmo que estar em casa, mas pelo menos posso estar uma horitas por semana na organização das peças e fazer um ou outro MOC. Este ano apresentei oito construções originais, um verdadeiro feito tendo em conta o panorama dos anos anteriores. Claro que nenhuma delas de grande dimensão, mas todas deram-me imenso prazer em criar. Quero mesmo ver se em 2021 consigo ter um ritmo de pelo menos um MOC mensal. Aos oito MOCs deste ano devo somar todas as criações originais que fiz em contexto de trabalho, assim já posso dizer que foi um ano muito produtivo.
Mas o hobby não se limita apenas aos feitos individuais. Tenho estado regularmente na oficina da 0937 com o Venceslau Teixeira e com o Miguel Guerreiro. Por norma a terça à noite é reservada para estar com eles os dois a separar/organizar peças e até fazer uma ou outra construção. Boas alturas para por a conversa em dia, seja a partilhar novidades do mundo LEGO ou a discutir aquela técnica especial.
Devo falar também na minha participação no Arte em Peças deste ano que deu uma trabalheira descomunal. A ideia de passar a exposição para as montras da vila de Paredes de Coura resultou num efeito muito giro e envolvente. Um formato que penso que ainda pode crescer imenso.
Por fim devo referir que para mim o grande acontecimento LEGO deste ano foi a empresa ter criado a “marca” 18+. A cadência de sets para adultos além de ter aumentado em quantidade, aumentou também a variedade de tipos e mesmo a qualidade de técnicas utilizadas. Claro que muitos destes conjuntos não são propriamente para AFOLs, no entanto sinto que a comunidade não tem sido esquecida e que começam a ser tantos os conjuntos interessantes que é praticamente impossível tê-los todos.
Portanto a ver se para o ano a normalidade regresse e com isso que o hobby fique fortalecido.
Bom ano a todos!!
Ficam aqui o link para outros anos em revista: 2008, 2009, 2013, 2014, 2015, 2017 e 2019.
Tenho vários sets à espera de serem construídos para publicar as respectivas reviews aqui no blog. As pessoas que me seguem no Instagram sabem que comecei o Pirates of Barracuda Bay no início da semana passada.. e que ainda não o acabei. Ontem chegou a casa o Mickey e além desses tenho outros três conjuntos em fila de espera. Como agora filmo as montagens o processo de análise dos sets fica mais lento. Filmar a construção leva a que o processo fique um pouco mais demorado, depois ainda faço a edição do vídeo o que leva o seu tempo, principalmente em sets enormes como o do Barracuda. Enquanto faço a edição vou fazendo também o texto da review. Que agora até fica mais simples já que vários dos pontos tratados passam para o vídeo. Neste momento o texto e o vídeo das reviews são pensados para serem complementares e não independentes. Coisa que poderei mudar já que a experiência com o Pirates of Barracuda Bay está a resultar numa autêntica longa metragem.. se calhar no futuro vou fazer como alguns Youtubers e separar a montagem do review.
Portanto, a ver se este fim-de-semana consigo avançar bastante nesta tarefa para durante a a próxima semana saírem pelo menos uma boa parte das reviews que tenho que fazer.
Há ano e meio atrás apresentei este MOC que representava um terreno recém adquirido. Agora que já estamos a construir tivemos a necessidade de ver como iria ficar o terreno (já que para a habitação temos outros meios) e para facilitar isso, construí este pequeno MOC com as mesmas medidas que o anterior. Apesar de não ser um meio perfeito como, por exemplo, uma maquete, assim já conseguimos ter uma ideia melhor do resultado do movimento de terras que irá envolver a habitação. Ahh, e da posição das árvores :)
Serviu também para perceber que o meu stock de bricks 2x4 não é lá muito grande :)
Faz hoje 15 anos que eu e a Tânia começamos este blog. Trabalhamos juntos até meados de 2010, altura em que o blog ficou em pausa durante cerca de 3 anos. Em julho de 2013 voltei, desta vez sozinho (ok, vou tendo umas ajudas dos meus filhos, Leila e Artur). Em fevereiro de 2017 altero o nome original do blog (LegOficina dos Baixinhos) para o actual.
A LegOficina real também teve a sua história de mudanças mas podem ver como anda agora no post anterior :)
Agora é esperar um ano em que as coisas voltem rapidamente ao normal que por aqui na Oficina dos Baixinhos, tentarei manter a regularidade.
ps. Para efeitos de registo neste intervalo de tempo foram colocados 4131 posts e feitos 891 comentários (apenas aqui no blog, não contabilizo nas redes sociais).
A situação despoletada pelo COVID-19 alterou imenso o meu trabalho como relatei no post anterior.
Como tive que começar a criar modelos em casa, tive que criar um pequeno stock de peças. Como a casa onde vivo não é muito grande, o stock não poderia ser muito grande. Como não tive disponibilidade e tempo para fazer um apanhado de parte das peças que a Caixa de Brinquedos possui, a solução foi pegar em duas grandes caixa de peças soltas provenientes de vários sets que analisei nos últimos tempos. Depois de separar e organizar mais ou menos as peças por tipo (tarefa que levou vários dias e em que ainda não sinto que esteja concretizada) entre caixas que trouxe do trabalho e caixas de sets, posso dizer que tenho as condições mínimas de trabalho.
Claro que é uma tarefa árdua procurar peças entre tantas diferentes para depois descobrir que a sortido disponível é desequilibrado faltando coisas tão comuns e básicas como bricks round 1x1 em preto. Mas nada que tire o ânimo e com uma certa dose de improvisação, as coisas vão-se fazendo.
Claro que o chato é que a mesa é necessária para outras coisas, logo sempre que vou mexer nas peças LEGO tenho que montar todo este aparato para no fim ter que desmontar e guardar...
De qualquer forma, ontem comecei a trabalhar num novo WIP que podem ver na minha conta de Instagram.